. Hoje, tive o prazer de tomar um cafezinho com meu amigo Plínio Serpa Pinto e, relembramos o extraordinário custo/benefício que foi, à época, a contratação de Emerson Sheik, jogador que por aqui ninguém conhecia.
Naquela época a crise financeira no Flamengo era brutal e, em função disso, todos os departamentos, inclusive o de futebol, estavam proibidos de assumir qualquer gasto, por menor que fosse. Emerson teve que ser escondido no “Cheirinho do gol”, famoso campo de pelada no Recreio dos Bandeirantes, de propriedade de um notável rubro-negro que emprestou seu apelido ao referido local. Lá, Emerson recuperou a forma durante três semanas, tempo suficiente para aprovarmos um salário simbólico. O que podíamos pagar era muito pouco e, se deu certo, foi em função do jogador ter acreditado, primeiro no seu futebol, e depois, nas pessoas com quem estava tratando. Plínio contou que em Cariacica relembraram com carinho este episódio, com final feliz para todos.
. A moral da historinha acima é simples: às vezes, de onde menos se espera vem algo maravilhoso. E, nesta trilha, acabamos falando de Rafael Vaz, que era reserva no Vasco e chegou ao Flamengo completamente desacreditado. No caso de Emerson, por uma dessas coincidências felizes, um belo dia, soube que uma pessoa da minha total e irrestrita confiança e, adorado por todos os rubro-negros deste planeta, havia feito muitos elogios ao desconhecido Emerson em sua passagem pelo futebol japonês. Esta informação, e partindo de quem partiu, me deu coragem para brigar pela nobre causa.
Agora, com Rafael Vaz, aconteceu algo parecido. Plínio acreditou em uma pessoa de total confiança dele que, não só garantiu que Rafael Vaz iria arrebentar no Flamengo, como também foi decisivo para concluir a transação. O resumo desta ópera é que até aqui, o custo/benefício de Rafael Vaz é simplesmente espetacular. Embora o Flamengo tenha a garantia de três anos de contrato, dando uma de pitonisa do bem, estou quase apostando que muito em breve, com o maior prazer do mundo, Flavio Godinho vai chamar o zagueirão e propor uma prorrogaçãozinha contratual, mediante salário compatível com o futebol que Rafael Vaz vem apresentando. Rafael Vaz tem 28 anos. Que bela contratação! Que tiro na mosca, ou melhor, no olho da mosca…
. Esta é muito boa e demonstra o despreparo espiritual das pessoas envolvidas no futebol. Deu na internet, que o jovem Gustavo Rodrigues, de apenas 17 anos, foi mandado embora do Botafogo por ter comemorado, como torcedor rubro-negro, a vitória de ontem do Flamengo sobre o Cruzeiro.
Meu Deus, João Saldanha deve estar irado no céu pela insensibilidade dos dirigentes alvinegros e, pelo fato do Botafogo perder um jogador por ser torcedor de outro clube. Se estes dirigentes tivessem nascido antes, quem sabe Garrincha, que era rubro-negro, jamais teria consagrado a camisa 7 do Botafogo. Que bola fora… Que papelão… Que ridículo…
Tomara que os dirigentes do Flamengo tenham tomado conhecimento do caso e chamem Gustavo Rodrigues para unir o útil ao agradável… E, tomara que ele seja muito bom de bola… Se isto acontecer, estes dirigentes do Botafogo vão ter que se mudar para a Sibéria…
. Hoje foi noticiado que a diretoria do Flamengo retomou na convivência com os jogadores, o famoso “bicho”, e que a premiação é paga após cada jogo, ainda no vestiário. Não sei de quem foi a ideia, mas não posso deixar de aplaudir. Claro que, os almofadinhas que nunca conviveram no mundo do futebol – e por isso chamo de “almofadinhas da bola” – vão criticar dizendo que é um retrocesso, que o jogador já ganha o suficiente, que o “bicho” é o troglodita no mundo da bola, que é imoral, que é irresponsável, y otras cositas más… (em espanhol fica melhor, mais autêntico…)
Pode parecer bobagem, mas o “bicho”por uma vitória, pago ainda no vestiário, agrega e, ajuda a criar o espírito de vitória. Diria, sem medo de errar, tratar-se de uma doce e quase infantil cumplicidade entre diretoria e jogadores. Funciona. E, como funciona…
. Amigos e companheiros: Até amanhã, ao meio dia, o nosso matemático Robert Rodrigues, de cabeça inchada pelo seu Botafogo, estará aguardando as notas dos nossos meninos no jogo de ontem contra o Cruzeiro. Egon, amigo, cadê você?
Caro Kleber Leite, ponto para o Plínio S. Pinto pela contratação do ótimo zagueiro Rafael Vaz, só que ele já completou 28 anos e não 23. Os cartolas do foguinho tiveram um acesso de recalque, não engoliram a força, o carisma e o magnetismo Rubro-negro. Nota….Muralha 8, Pará 6,5, Rever 6 R.Vaz 6,5 e Jorge 6, M.Araújo 6,5 W.Arão 6,5 , Diego 6, Guerrero 7 , Gabriel 6 e Everton 6 Mancuello 6,5 , Alan Patrick 7 e Fernandinho 6 , Ze Ricardo 10….
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Obrigado, Anca.
Idade alterada.
Robert Rodrigues
Caro Kléber! O mérito na época do Sheik é todo seu, do seu feeling e de sua inteligente sensibilidade. Acredito que o Sheik viveu seu auge em 2009 com a camisa do Flamengo e até gostaria que hoje fosse como no começo, porém, a idade pesa para uns e outros não. Como ele é de explosão, sente mais que um Zé Roberto que é pura técnica. No caso do Vaz, particularmente acreditei desde o início. É um zagueiro de rara habilidade que somente vez por outra faz um passe fora das suas pretensões. Até gostaria de informar que do atual elenco, apenas o PV e Chiquinho me preocupam, nos demais casos, prefiro acreditar que a CONFIANÇA pode muito mais do que imaginamos. Vide caso Pará e Márcio Araújo. Não tem como escalar o Flamengo sem eles. No caso do garoto do Botafogo, apesar da ideia infeliz do mesmo, uma boa conversa faz ele mudar de comportamento, talvez, não consigam fazer ele mudar o time de coração. Também gostei muito da ideia da premiação aos jogadores após as partidas. Esse remédio faz muito bem. Aguardemos amanhã o que o nosso matemático nos reserva. Quem sabe ele nos fala quando o Palmeiras perderá uns 3 pontinhos! SRN
Presidente seu felling para contratação era sútil. Me lembro do Bruno goleiro contrato com maestria em 2006, Kleberson contratado em 2007 para estrear em.2008. Mas sua maior contratação foi sem dúvida do imperador Adriano. Não vou falar de Romário. Entendi o quis dizer sobre o Emerson. Mas foram inúmeras contratações com coragem e criatividade. Agora só me ficou uma ressalva: porque perderam o Ronaldinho para Corinthians? Se puder…por favor nos dê detalhes do ocorrido.
Na verdade, a partir do momento que Rafael Vaz estreou, em Junho, o Flamengo REINCORPOROU A RAÇA RUBRO-NEGRA, e esta foi, a meu ver, a maior contribuição dele, nenhuma dúvida. Valente, raçudo, com domínio de bola, penso que já deveria estar, nos planos do Zé Ricardo, testá-lo como cabeça de área, junto com Márcio Araújo_ liberando o Arão e colocando Donatti ao lado do Réver.
Quanto ao Sheik, além de ótimo jogador, parece que tem um pé quente tremendo…por onde passa…títulos…
Diretoria: deixem-no quietinho aí, na Gávea…
Saudações,
Carlos Cazé.
Kleber, o Rafael Vaz já ganha R$ 150 mil por mês. Está de bom tamanho.
http://colunadoflamengo.com/2016/05/lesao-de-juan-faz-cesar-martins-voltar-ao-flamengo-rafael-vaz-esta-engatilhado/
Quanto ao bicho, li que é cerca de R$ 10 mil por vitória para cada jogador. Nessas horas pergunto porque estudei tanto.
Henrique,
Desculpe, mas você está equivocado. O salário do nosso zagueiro está longe do número por você anunciado.
Agora, se continuar ele jogando o que temos visto, você vai acabar acertando…
Forte abraço.
O Sheik de 2009 é uma outra história! Aliás eu lembro pouco de tê-lo visto jogar com o Cuca, lembro-me que era um jogador interessante, uma surpresa, mas lembro-me que não se firmava. Lembro-me que na primeira oportunidade foi-se para as Arábias.
Já o Sheik de 2015 foi outro, tido como grande contratação da temporada junto com Guerrero, ai sim, jogou muito bem, eu diria que era o principal nome do elenco naquela oportunidade.
Já o Sheik de 2016 esteve muito mal, somente não lhe faltou raça, sangue empenho, isso ninguém pode reclamar dele. Esteve mal fisicamente e tecnicamente e falando muita besteira (parece ser um mal que o ataca de vez em quando, sua língua felina). Após a queda do Muricy, ele, como todos nós, apostou contra a banca, ou seja, contra a comissão técnica, leia-se ZR. Engordou, contundiu-se, fez migué de chinelinho, bico, beicinho e tudo mais, o resultado é esse, filme totalmente queimado e tido como o 3o. reserva da posição (o que não o relacionaria nem para banco). Enfim, ZR, como é homem de grupo o esta incorporando ao elenco. Mas fica a má impressão da entrevista dele ao fim do último jogo na Sul-Americana, o Sheik mala sem rodinhas. Recentemente o Galinho o qualificou como “ex-jogador em atividade”, parece que a partir dai o Sheik resolveu reagir. Como 3o. reserva eu espero pouco dele, mas ai ai sempre uma esperança para um jogador vencedor, de história, de pele rubro-negra. Vamos torcer! SRN.
Kleber,
Acho que o Blog poderia reunir o garoto Gustavo Rodrigues e o Robert Rodrigues ( são irmãos ? ) para uma foto dos 2 com a camisa do Flamengo….. Assim seria realizado o sonho dos 2, um que jogava pelo Botafogo e o outro que torcia até pouco tempo pelo Botafogo.
SRN
Pô, Rada,
Apesar de todo carinho que tenho pelo rubro-negro, continuo torcendo pelo alvinegro. É como costumo dizer, por ter crescido na Gávea, fazendo uma penca de esportes, meu clube é o Flamengo, mas pela minha paixão de infância, meu time é o Botafogo.
E o meu quase parente aprontou um pouco mais do que foi dito. Segundo o jornal O Globo de hoje, ele disse também que iria “pagodear” para comemorar a vitória, seus companheiros de time lembraram que teria treino na manhã seguinte, e o rapaz respondeu que “ultimamente não estou ligando para nada, chutei o balde”. E não apareceu para treinar na segunda-feira. Aí foi um pouco mais grave e merecia, no mínimo, alguma punição. Com o clamor da torcida pedindo sua saída pelas redes sociais, sua permanência ficou insustentável.
O Kleber citou o Garrincha, mas na época do craque das pernas tortas não existia Twitter, caso contrário era capaz do gênio ter despontado em seu time de coração, e não no Botafogo.
Que o garoto Gustavo tenha mais sorte no rubro-negro.
Só uma pergunta Robert: Qual é time do seu pai?
Meu pai era tricolor paulista, caro Nino, time que torci até meus 6 ou 7 anos, quando “resolvi” escolher um carioca, já que na escola era o único São Paulino. Fui a jogos dos quatro grandes com amigos e me encantei pela estrela solitária, apesar da má fase do time (anos 80) e de morar na Gávea.
Por morar tão próximo, praticamente cresci no clube rubro-negro, onde joguei basquete durante vários anos, sendo campeão estadual cinco vezes – importante frisar que nunca perdi um jogo para o Botafogo vestindo a camisa rubro-negra. Ainda fiz natação, judô, water-polo, atletismo e passava as tardes/noites, de 13h, quando saía da escola, até 20h dentro do clube.
Nessa época, sempre fui MUITO rubro-negro nos esportes que competia, mas continuei torcendo para o Botafogo no futebol. Não mudei de time, mas o carinho pelo Flamengo era e continua sendo enorme
Perfeitamente Robert…vc é um botafoguense bem chegado…rss
É por isso que digo que meu time é o Botafogo, mas meu clube é o Flamengo, caro Nino.
Prezados amigos de blog e companheiros de paixao
Otima a contratacao do Vaz, tambem fui um que nao levei muita fe, achei que seria apenas para compor elenco.
Gostaria de reforcar o pedido do amigo Liliano Brandão, sobre o que aconteceu com o Ronaldo fenomeno, que estava se recuperando no Flamengo inclusive deu entrevista no Bem Amigos falando que o Flamengo estava na frente nas negociacoes e um belo dia aparece como reforco do Corinthians.
Genial a sacada do Kleber sobre os almofadinhas do futebol. Tem um monte na política e no jornalismo, meus ramos de atuação. Cidadão manja tudo na teoria, mas nunca botou a mão na massa na vida. E quando tratamos de seres humanos, casos tanto do jornalismo quanto da política e do esporte, NADA, ABSOLUTAMENTE NADA supera a experiência de vida.
Abraço a todos os companheiros do blog, especialmente ao Kleber, ao Radamés e ao Robert. Domingo encerra minha peleia profissional nestas eleições e espero ter mais tempo pra conviver com todos por aqui.
Boa sorte
Grande Bisotto,
É sempre bom tê-lo por aqui!
Um abração!
Salve Bisotto,
Que bom ler você !!!
Trabalhando em que nas eleições?O amigo é candidato? Se for, vou lamentar não votar aí.
Forte abraço, saudade e, boa sorte!!!
Muito obrigado brigado, Radamés.
Adoro estar por aqui, Robert. Pena estar na correria louca.
Trabalho com coordenação de campanhas, Kleber. Vulgarmente conhecido como marqueteiro. Mas quem sabe um dia não saio das coxias e arrisco a sorte? Com um apoio como o seu, de repente me jogo aqui de Santa Catarina e me arrisco aí na Cidade Maravilhosa. Hehehehe.
Abração a todos.
Meu queridíssimo Bisotto!
Acho que seu adorado Colorado, está precisando mais do amigo que qualquer CANDIDATO…
Toda vez que vejo jogos do Inter, penso no amigo.
Nosso parceiro Robert, depois que vestiu o Manto numa reunião entre amigos, nunca mais assistiu um jogo do seu time. Mas TODOS, do seu clube… kkkkk
Quanto ao Guga, mesmo que não jogue absolutamente nada (embora ainda tenha 17 anos), deve ser colocado em campo para um teste de “reconhecimento”…
Não acreditava no Vaz, mas HOJE, não vejo Miranda melhor que ele. Torrei minha língua…
Quanto ao bicho, não deixa de ser um ótimo estímulo. Resta saber se vão alinhavar direitinhos este “acordo”.
Existem algumas matérias sobre o tema, que comprovam, que nem sempre foi tudo as mil maravilhas.
Portanto, muito cuidado com esta “cumplicidade”…
Sobre o Inter, Egon, o problema tem nome e sobrenome: Vitório Piffero (ou Pífio, como preferir). Fdrnando Carvalho montou tudo em 2006 e fez seu diretor de futebol, Piffero, sucessor. Ganhamos o Mundial nas mãos de Piffero, mas fruto do trbalho prévio de Carvalho (e antes dele, do trabalho do injustamente esquecido e subestimado Fernando Miranda, que sanou um clube quebrado).
Piffero se convenceu que era um gênio da bola e desde então só faz bobagens. Tínhamos Tite, com quem ganhamos a Sulamericana de 2009. Piffero correu com Tite. Veio um senhor técnico uruguaio, Jorge Fossatti: Piffero o demitiu na parada pra Copa de 2010, após uma classificação heróica pras semi da Libertadores. Roth chegou, colheu o trabalho do Uruguaio e conquistamos o bi da América. Pra no final do ano colhermos o fiasco do Mazembe.
Quando Piffero voltou, eu sabia que teríamos dias difíceis pela frente. Na escolha do técnico do ano passado já foi o caos. Ele descartou Abelão na campanha e dizia que queria Tite. O mesmo Tite que ele limou em 2009. E que sabiamente preferiu o Corinthians. Aí foi se ajoelhar pra Abelão ficar e levou outro beiço. Tentou Muricy, que não aceitou. Aguirre foi uma solução de emergência de nosso sauduoso ex-vice de futebol, Luiz Fernando Costa, enfartado precocemente menos de um mês depois da contratação.
Aguirre fez uma puta campanha na Libertadores, chegou às semi com um time que não foi ele que montou, repleto de guris da base e tudo isso pra ser covardemente demitido às vésperas de um GreNal. Que merecidamente terminou no massacre do 5 a 0.
Como “solução”, Piffefo trouxe o bizarro Argel. Como todos sabem, existem uma diferença entre os beijos de novela e Argel. Os beijos são técnicos. Argel não.
Pra sanar o fiasco, buscaram o comentarista e ídolo Falcão. Que tendo iniciado a carreira de técnico já na Seleção no pós-Copa de 1990, até hoje não tem um trabalho digno de nota. Por fim, estamos de volta à Roth.
Fernando Carvalho tenta repetir no Inter o que Kleber fez naquele Flamengo quase rebaixado de 2005. Espero que consiga. Mas o cenário catastrófico foi meticulosamente construído, passo a passo.
Será preciso contar com a mãozinha do Papai do Céu pra sair dele.
Abração, Egon. Sempre um prazer encontrá-lo por aqui.