(Fotos: Gilvan de Souza / Flamengo)

Mengão… é Flórida!!!

Esta foi a manchete que sugeri ao meu amigo Catito Perez, presidente do JB – Jornal do Brasil -, para a edição de domingo passado.

Como é de conhecimento de qualquer pessoa que habite no planeta terra, no sábado, o Flamengo conquistou o seu primeiro caneco em 2019, na bela Flórida, onde Mickey, Pateta e Zé Carioca batem um bolão.

Apesar de Catito ter gostado, o pessoal da editoria de esportes preferiu o tradicional “papai e mamãe”, onde a manchete anunciava o que o mundo já sabia…

Talvez e, acho que é isto mesmo, só quem é rubro-negro tem a dimensão exata da importância da manchete sugerida. Como aqui no nosso blog tudo é pintado em vermelho e preto, acho que, embora com atraso, vale a pena o registro.

Neste retorno do blog, parece pertinente que opinemos sobre o que até agora ocorreu no futebol e, obviamente, falar sobre as contratações.

Antes disso e, sei que há opiniões distintas, quero registrar que o primeiro reforço foi no gol.

O ano terminou com Diego Alves, um baita goleiro, praticamente execrado. Ainda bem que agora temos um treinador com “T maiúsculo” que alia conhecimento à sensibilidade. Na manutenção de Diego Alves, Abel fez 1 a 0. Na escalação como titular, ganhou o torneiro e, quem sabe, muitas conquistas pela frente.

Não há como, ante a enorme precariedade de talentos verdadeiros no futebol atual, se criticar a qualidade dos três reforços iniciais para esta temporada. Tomara que o Rodrigo Caio que contratamos, seja o do início da carreira no São Paulo e o da Seleção nos Jogos Olímpicos do Rio. Tomara que Gabigol não seja o da incursão europeia, e sim, o artilheiro do Santos. E que Arrascaeta seja mais efetivo durante os 90 minutos de jogo, apagando a imagem de que, apesar de bom jogador, é meio vaga-lume.

Em síntese, válidas as três tentativas e, sempre é bom lembrar que futebol não é uma ciência exata e, como tal, pode decepcionar quando você aposta tudo e, ao mesmo tempo, guarda surpresas positivas quando menos se espera. Que os três tenham toda sorte do mundo vestindo o nosso Manto Sagrado.

Ainda sobre as contratações, algo para se refletir e, muito! Paulo Cesar Cajú, que foi um gênio da bola e se revela um crítico espetacular, com propriedade se referiu ao Flamengo como “novo rico”. Parei para pensar e, não deixa de ter razão PC em sua análise, pois, o que está na cabeça das pessoas é que o dinheiro está jorrando na Gávea. O excelente momento financeiro, para que alguns entendam como arrogância e, outros, como sendo o Flamengo o “novo rico” do futebol brasileiro, é um pulo.

Ouvi algumas críticas e, de certa forma fazendo sentido, de que tudo fica mais caro para o Flamengo pelo fato de se anunciar que o clube tem 100 milhões para gastar. O problema é que este valor longe está de ser divulgado pela diretoria do clube. Na realidade, é de domínio público, pois no momento em que vivemos de amplo combate à corrupção – e na luta pela transparência – como esconder o fato?

Este é um ponto delicado, onde a melhor das intenções não caminha junto com zelar pelo melhor negócio para o clube. Claro que, quando um clube vai negociar um jogador, sabendo que o interessado tem um caminhão de dinheiro disponível, vai ficar mais caro e, o preço final acaba não sendo justo para quem compra.

Acho a transparência fundamental, porém restrita aos conselhos do clube, pois esta divulgação aberta a tudo e a todos gera sensações ruins, como a de um “novo rico” que sai gastando de forma desmedida e, pior, a certeza de ter sido passado pra trás, pagando por um jogador o que ele não vale. Este tema precisa ser, internamente, mais bem avaliado. E, com urgência.


 

E, vai começar o Campeonato Carioca. Nada contra a competição, até porque, neste país continental, a “briga caseira” tem o seu valor, principalmente em um estado que tem quatro grandes clubes.

Infelizmente, os nossos dirigentes não repararam que o mundo mudou e, nunca tiveram a preocupação de adaptar a cultura ao momento em que se vive. Em um mundo de Champions League, cabe sim um Campeonato Carioca, desde que, disputado no máximo por oito clubes e na base do mata-mata. Desta forma, a cultura, perfeitamente adaptada ao novo mundo, estaria mantida, com bons resultados técnicos e financeiros. Como está, vira “Carioquinha”, onde ninguém leva a sério e o desgaste de imagem é brutal. Este é um tema que merece um debate mais profundo e a ele voltaremos em breve. Não há como negar o favoritismo do Flamengo que, entra com a obrigação de ganhar. Ser campeão, virou obrigação e, aí é que mora o único perigo…

Neste retorno do blog, de cara nova, a ideia é a de interagir mais com todos os companheiros, através de debates, inclusive “ao vivo e a cores”. Vamos mergulhar nos vídeos e dividir o nosso espaço no Maracanã com os amigos do blog, da forma mais democrática possível. Algumas brincadeiras, todas rubro-negras, também estão sendo preparadas, além de algumas surpresas…

Que 2019 seja um ano com muita saúde e paz para todos – e descaradamente pintado em vermelho e preto!!!