(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

O momento decisivo e “otras cositas…”

Deem uma olhadinha nos cinco próximos jogos do Flamengo:

10/8 – Grêmio – Maraca – Campeonato Brasileiro;
17/08 – Vasco – Brasília – Campeonato Brasileiro;
21/08 – Inter – Maraca – Libertadores;
25/08 – Ceará – Castelão – Campeonato Brasileiro;
28/08 – Inter – Beira-Rio – Libertadores.

Contra o Grêmio, vamos jogar com o que há de melhor. De fora, os contundidos Gabigol, Rodrigo Caio, Lincoln e Diego Ribas.

Até aí, acho que não há qualquer discussão. Talvez uma única, de ordem técnica, no gol, onde a tendência é a manutenção de Diego Alves.

A partir daí, duvido que haja unanimidade. Jogamos contra o Vasco, em Brasília, no sábado, 17 e, na quarta, 21, o primeiro jogo contra o Inter.  Pergunta: devemos entrar com o time titular contra o Vasco?

Pior ainda ocorrerá na semana seguinte, pois entre os dois jogos, contra o Inter, pela Libertadores, temos que ir a Fortaleza, jogar contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro. Pergunta: o time contra o Ceará, em função do desgaste físico e da longa viagem, deve ser – o máximo possível – reserva?

A logística rubro-negra, para esta semana de arrepiar, já dá margem a pequena discussão, já que haverá um voo charter, saindo do Rio para Fortaleza, com 25 jogadores e, no dia seguinte ao jogo com o Ceará, os 25 voam direto de Fortaleza para Porto Alegre.

A discussão é simples: se a decisão for escalar o time reserva contra o Ceará, o que vão fazer os titulares em Fortaleza? Não seria melhor poupá-los desta viagem?

Resumo da ópera: neste momento decisivo, qualquer descuido pode ser fatal. Usar a cabeça e, bem, é mais do que preciso.


Aos companheiros do blog que têm a impressão de ser Mano Menezes um ser desprovido de caráter, faço questão de afirmar que, em função de longa e íntima convivência, esta impressão de vocês passa longe da realidade. Mano Menezes é, antes de qualquer coisa, um ser humano do bem.

Outra coisa. Mano no Flamengo foi o treinador certo, na hora errada. Mano, de forma injusta, havia sido sacado da Seleção e a mágoa foi profunda, a ponto de interferir na sua vida pessoal. Mano saiu da Seleção, mas a Seleção, naquele momento, não havia saído dele.

Ninguém com o emocional abalado vai a lugar nenhum.

No Flamengo, este foi o problema. Ali, na saída, não foi covardia, e sim, destempero de quem emocionalmente abalado estava.

Todo ser humano pode passar por isso. Afinal, não estamos falando de um robô ou, de um extraterrestre.