Coração apertado

Neste momento de clausura, por mais forte de espírito e cabeça que alguém possa ser, há um momento em que, inevitavelmente, o coração vai ficar apertado, até porque, há nesta grande confusão em que estamos vivendo um componente que, na realidade, é o que maltrata mais. Trata-se da incerteza.

  • Continuar a clausura ou tentar voltar, mesmo que aos poucos, à normalidade?
  • Quem pega este vírus está imune ou pode pegar de novo?
  • Quem já contraiu o vírus e está curado, ainda assim, pode ser um transmissor da doença?
  • Quando haverá testes para todos?
  • Qual dos testes é confiável, o rapidinho, ou o que leva dois dias para o resultado?
  • Isto só terá fim quando uma vacina for descoberta?
  • A vacina mais rápida levou cinco anos até chegar ao povo. Será que esta poderá bater o recorde?
  • Sem vacina, até que ela chegue, o mundo viverá mascarado?

Enfim, estas são algumas das questões que, vez por outra, fazem o coração ficar apertado.

E quando isto ocorre, o melhor remédio são as boas lembranças que, no fundo, trazem o sublime recado de que vale qualquer tipo de sacrifício para se manter vivo.

Cada um de nós, com absoluta certeza, tem o seu elenco de inesquecíveis momentos de vida que justificam toda e qualquer batalha para que novos momentos iguais possam ser vividos.

Vou deixar aqui um deles que nos une, alimenta nossas almas e nos dá força para encarar seja que vírus for.


 
Ia esquecendo: falei hoje com o nosso doce Portuga, que está muito bem ao lado de sua família em Lisboa e me garantiu que aqui estará no final do mês.

Falamos sobre o mundo novo que se avizinha em função deste vírus e, me pareceu ele ser sabedor de que, por um bom tempo, a realidade será outra.

Confessou estar saudoso de tudo e de todos. Disse a ele que a recíproca era verdadeira e, aproveitei para encaixar o trecho mais marcante do Pequeno Príncipe, obra maravilhosa de Antoine de Saint-Exupéry:

“Tornar-te-ás responsável por tudo aquilo que cativares”

Ele entendeu…


 
Ia esquecendo 2:

Como não registrar a data marcante para dois grandes rubro-negros, Marcos Braz e Jorge Rodrigues, o Jorjão.

Vida longa e PARABÉNS!!!