Estava ouvindo uma musiquinha, lendo, me reencontrando com as poesias de Vininha, quando noto um ruído no telefone. Mensagem do meu amigo Paulo Pelaipe avisando que no SporTV está passando o incrível jogo entre Náutico e Grêmio, que acabou conhecido como “A batalha dos Aflitos”.
Todos nós sabemos da imprevisibilidade de que é capaz o futebol, não fosse por isso ter se transformado no esporte mais popular do mundo.
No basquete ou no vôlei, a possibilidade de um time médio ganhar de um baita time é zero.
No futebol, ao contrário, tudo pode acontecer, tanto é que um animal – a zebra – passou a fazer parte do dicionário futebolístico. A zebra é lembrada quando ocorre o improvável. Só que, neste jogo entre Náutico e Grêmio, o bichinho se superou, o improvável chegou ao seu limite máximo.
O Grêmio não podia perder. Se perdesse, não voltaria para a primeira divisão. O Náutico precisava vencer para subir para a elite. E, tudo isto, na última rodada.
O jogo estava 0 a 0. No final do segundo tempo, com o Grêmio jogando com dez, em função de um jogador expulso. Próximo aos quarenta minutos, o Náutico que já havia perdido um pênalti, ataca com tudo e – em lance discutível – o árbitro marca nova penalidade a favor do clube pernambucano. Aí, o tempo fechou! Árbitro levando peitadas e pontapés dos jogadores do Grêmio, expulsa mais três do time gaúcho. Como um jogador já tinha levado cartão vermelho, o panorama era de terror: pênalti a favor do Náutico, e o Grêmio reduzido a sete jogadores.
O final do filme, o mais inusitado que já vi, ao longo de tanto tempo no mundo da bola. O goleiro do Grêmio defende o pênalti e, com sete jogadores, o time faz 1 a 0, em gol antológico de Anderson.
Quem ama o futebol não tem como apagar da memória este momento mágico.
Após o jogo, falei com meu amigo Mano Menezes – à época treinador do Grêmio. Ele também estava grudado na telinha e, claro, emocionado.
Juntos, na clausura, eu, Mano e Pelaipe, lembramos do Carioca, ministro sem pasta do Grêmio, o rei do pragmatismo, figura humana notável que, por amor, amizade e carinho a mim, nos deixou com um pedaço do seu coração pintado em vermelho e preto.
Ao Grêmio, ao Náutico e aos que participaram deste incrível momento, o futebol ficará eternamente grato.
“Inacreditável!!!” – Talvez seja a melhor expressão para tanta magia em apenas noventa minutos.
Um time que jogando em casa com um homem a mais em campo no segundo tempo, que perde um pênalti no finzinho do jogo e que fica com quatro jogadores a mais em campo e perde o jogo, definitivamente, não merece estar na série A do futebol brasileiro, quiçá na série B.
De fato, caro presidente, foi antológico esse jogo. Jamais será esquecido. Mas que foi uma zebraça, pelas circunstâncias do jogo, isso foi.
Tens notícias do JJ? Tem alguma informação se com toda essa loucura da pandemia do covid-19 e da alta do Euro, existe alguma possibilidade de ele não renovar?
Nossos corações estão “aflitos” também, caro presidente.
Saudades dos mata a mata.
Das decisoes em dois jogos, no caso a serie b, um quadrengular .
Já a serie A os play off..
Todo campeonato deveria ter uma decisao.
Ou pelo menos, um jogo de carater decisivo, como Flamengo x Gremio em 2009.
Pontos corridos, sem duvida a formula mais justa de um campeonato, porem chata, longa e sem a emoçao de uma decisao. Times abrem 12, 15 pontos de diferença, campeonato acaba.
Todos se lembraram de Flamengo x River em 2019, poucos se lembraram de palmeiras x gremio, jogo que deu o titulo brasileiro ao Fla em 2019.
Jogos como esse, além de trazerem emoção pro público, de vez em quando, têm o dom de conceberem “técnicos” tão limitados quanto Mano Menezes.
Não achei nada demais este jogo visto que foi já no final de jogo que o náutico perdeu seus jogadores e ficou com 7 em campo. E também não devemos apenas lembrar as vitórias. Esse mesmo grêmio na libertadores de 1983 enfrentou o Estudiantes na Argentina e vencendo de 3×1 com o adversário também com sete jogadores em campo grande parte do segundo tempo , esse time guerreiro argentino ainda buscou o empate fazendo 2 gols e acredito que viraria o jogo se tivesse mais uns minutos de partida. Se este jogo com o Nautico é considerado épico pelos gremistas, o que seria do jogo de 83 tomando 2 gols do adversário com 7 em campo. É uma vergonha absoluta. E aliás o Estudiantes só precisava ganhar na última rodada do penarol e teria eliminado o grêmio da libertadores , mas jogando com o time quase reserva por causa das expulsões e suspensões do jogo contra o Grêmio não conseguiu vencer e o grêmio que não mereceu acabou indo a final (graças ao penarol) e foi campeão da libertadores.
Me enganei , aonde coloquei penarol, lê-se América de Cali. Graças ao já eliminado América de Cali o grêmio foi a final da libertadores de 83.