Guerra declarada

A nota oficial da Globo, anunciando o rompimento de contrato para a transmissão do Campeonato Carioca, é apenas um round a mais neste imbróglio.

Esta atitude abre uma série de alternativas e possibilidades, a começar pelo consumidor que pagou para ter em casa, através do canal Premiere, o Campeonato Carioca e, na hora do filé mignon, ou seja, no momento decisivo, será abandonado, fato que, muito provavelmente, acarretará uma quantidade significativa de ações contra a emissora.

Pelo comunicado oficial, a Globo já detectou os responsáveis pelo não fiel cumprimento do contrato, no caso, a FERJ e os clubes. Os onze que assinaram, com certeza e, quem sabe até o Flamengo, pelo fato de – mesmo sabedor da exclusividade garantida no contrato com a Federação e os clubes – ter contribuído para a quebra.

Antes que alguém conclua errado, estou aqui apenas imaginando o que possa estar passando na cabeça dos dirigentes da Globo e qual venha ser a estratégia de combate da emissora.

Resta saber como os outros clubes irão se posicionar com relação às transmissões, já que, a partir do momento em que, na nota oficial, a Globo garante que efetuará todos os pagamentos, prejuízo financeiro não haverá.

Para o torcedor, o que importa é saber se poderá ver o jogo e, de que forma. Aguardemos as posições – principalmente – de Botafogo, Vasco e Fluminense.

Aprendi ao longo da vida que um razoável acordo é muito melhor do que qualquer boa briga. O problema neste caso específico é que não vejo nenhuma vocação nos contendores para um diálogo saudável que conduza a uma solução interessante e pacífica.

Pelo jeito, esta será uma briga demorada. Será a novela da bola…


GLOBO X FERJ 2

O grande rubro-negro-negro Flávio Godinho – como eu e, todos que acompanham este tema – não consegue tirar a pulga atrás da orelha.

Para quem não sabe, a Globo obteve ganho de causa, hoje, quando o desembargador Ricardo Couto de Castro puniu o Flamengo em dois milhões de reais, por ter quebrado um contrato, cuja base era a garantia de exclusividade.

Achamos nós – portanto, não é uma informação e sim, dedução – que a Globo, impaciente e movida sabe-se lá por que espírito, anunciou a guerra, rompendo o contrato com a Federação e clubes, sem saber a decisão do magistrado. Quando a decisão favorável saiu, Inês era morta… a guerra já estava declarada.

Também na comunicação, “o apressado come cru…”

A sensibilidade tem andado na sola do sapato de muita gente.