(Foto: Lauro Alves / Agencia RBS)

Gabigol e a velha discussão

Vamos começar por um tema polêmico. Em meio à temporada, os treinadores, com contratos em vigência, continuam largando seus clubes, uns por maior projeção, outros pelo dinheiro.

Os casos mais recentes e, por coincidência, de maior repercussão, foram as saídas do doce Portuga para o Benfica, Rogério Ceni, do Fortaleza para o Flamengo e, agora mesmo, o Fluminense, que faz surpreendente campanha no Campeonato Brasileiro, fica sem treinador.

Há duas correntes para este fato recorrente. Há quem considere normal, na medida em que os contratos definem multas para uma possível saída e, há quem considere, apesar da multa existir, uma brutal falta de ética largar um trabalho no meio do caminho, deixando o clube em situação de desconforto.

Embora tenha pensamento aberto, estou começando a admitir que, no plano nacional, um treinador deveria ser impedido de dirigir dois clubes na mesma competição. Claro que, vento que venta lá, venta cá. Caso o clube resolva demitir seu treinador, deveria pagar, no mínimo, a soma dos meses que estariam faltando para a conclusão do contrato.

Esta medida, que já foi proposta pela CBF e, rejeitada pelos clubes, faria com que nossos dirigentes tivessem um pouco mais de paciência com os treinadores.


 

E Gabigol vai voltar. Ainda bem!!!

Com todo respeito a Pedro e aos seus gols marcados, Gabigol, a meu conceito, é a síntese do atacante moderno. Decisivo, participativo e, pela sua voluntariedade, um inferno para qualquer sistema defensivo.

Pedro, a quem reconheço virtude, pelo seu estilo de jogo e, até pelo seu biotipo, é um jogador mais fácil de ser marcado, pois é mais previsível. Ótimo que o Flamengo tenha os dois, até porque, como dizia vovó Corina, “quem tem um, não tem nenhum”. Mas que Gabigol faz uma falta enorme, não tenho a menor dúvida.

Tomara que a diminuição de jogos, em função das eliminações na Copa do Brasil e Libertadores, ajude a parte física. Aliás, este será o momento exato para concluirmos se a má forma física do time se coloca na conta do calendário ou, da incompetência de quem assumiu após a saída dos portugueses.

A tabela nos é favorável. Com Gabigol de volta e com oxigênio renovado, as possibilidades de um grande título no ano cresceram e, muito! Nos próximos cinco jogos, nenhum bicho papão.

O otimismo voltou.