Por incrível que pareça, apesar desta paixão alucinada pelo Flamengo, não foi em um jogo em que estivesse em campo o nosso manto sagrado o dia mais sofrido no futebol. Isto ocorreu na Espanha, no Estádio Sarriá, onde a Seleção Brasileira foi eliminada pela Espanha, naquele inesquecível, insuportável até hoje, 3 a 2.
Na realidade, é como se a camisa do Flamengo estivesse por baixo da “amarelinha”, que tinha o nosso Rei com a número 10, além de Leandro e Júnior. Era o Flamengo, minha paixão de vida, camuflado…
Esta decepção foi a minha maior no futebol. Nunca torci tanto por alguém, como por Zico. Já disse aqui que, às vezes, o confundia com o próprio Flamengo.
Pois bem. Acabo de receber um texto simplesmente espetacular!!!
MARCELLO PENNA, grande rubro-negro-negro, junta as duas decepções. A do Sarriá e a de Montevideo.
Boa leitura a todos. Imperdível!!!
Montevidéu é a nova Sarriá?
Lembro bem da minha primeira dor no futebol. Foi a primeira vez que vi Leandro, Júnior e Zico sucumbirem a um adversário, mesmo usando uma outra camisa.
Naquela época dourada, a Seleção Brasileira era escrita assim: com letras maiúsculas. Era a hora que todo mundo aparava as arestas, resolvia as diferenças e torcia junto.
A gente fazia pedágio na rua da frente de casa, para comprar tinta, bandeirinhas e um monte de alegorias para se preparar para a festa. Sim: festa. A Copa do Mundo era uma festa em nosso país.
Voa canarinho, voa…mostra pra esse povo que és um rei.
Voa, canarinho, voa…mostra na Espanha o que eu já sei.
Nosso lateral sambista, transbordava alegria e confiança – a alma daquele time.
Os jogos eram uma festa verde, amarela e rubro-negra. A Espanha encantada com o nosso jogo vistoso, o tal futebol arte. Depois de 12 anos, finalmente o Brasil rumava firme e forte para o tetracampeonato, deixando clara a diferença de categoria para os outros países.
Aí veio o que parecia impossível: em uma segunda feira quente, na cidade de Barcelona, o bom time italiano venceu um jogo que a gente só precisava empatar. Jogaram duro, foram implacáveis na marcação, armaram contra-ataques fulminantes. Nós falhamos. Zico apanhou do Gentile. O juiz ajudou. Cerezo vacilou. Paolo Rossi aproveitou.
O choro inundou o país inteiro.
O futebol arte, perdia para o pragmatismo italiano. As lições daquela derrota ecoaram por muitos anos. Precisamos de outras 3 copas, para ver o Galvão gritando: é tetra! – e com um time muito menos talentoso, muito mais tático do que técnico. Mas isso é um outro assunto.
O Flamengo de 2019 foi um time espetacular em todos os sentidos. Desde os anos 80, quando tinha Zico em campo, o Flamengo não era tão temido, tão diferente dos outros. O Flamengo treinado pelo português Jorge Jesus, dava um espetáculo parecido com o time que foi campeão mundial, com incríveis 38 anos de diferença.
O Flamengo do Jorge Jesus encantava pelo jogo de conjunto. Uma máquina maravilhosa de fazer gols, de jogar com a bola nos pés, de sufocar o adversário, de jogar todo agrupado em um espaço de 20/30 metros. Um quarteto mágico do meio para a frente, que era exuberante no trato com a bola. Saía cada golaço, parecia videogame. Uma passagem do hino era nosso combustível: vencer, vencer, vencer.
Ahhh… AQUELE Flamengo era espetacular de ver jogar.
Por muito pouco esse time não repetiu o feito de 81, contra o mesmo Liverpool. Infelizmente, estávamos esgotados, prejudicados por um calendário cruel. Aquela derrota doeu, mas caímos de pé e saímos do jogo sabendo que em condições normais, poderíamos vencer os campeões europeus. Azar do futebol, não ter visto aquele time do Flamengo ser campeão do mundial.
Depois disso, veio uma pandemia que paralisou o mundo e perdemos o nosso grande articulador, nosso Mister Jorge Jesus. Ele foi embora para Portugal – e nós nunca mais fomos o mesmo time, mesmo com 90% dos jogadores permanecendo no elenco.
Ainda assim, (mal) dirigido por outros treinadores, seguimos ganhando títulos importantes e sendo apontados como o principal time da América do Sul. Perdemos a Libertadores de 2020, por incompetência de um treinador sem nenhuma química com o Flamengo. No ano seguinte, seguimos invictos até o jogo final, em Montevidéu – o mesmo palco do nosso primeiro título continental, contra o bom e covarde Cobreloa.
O jogo contra o Palmeiras era para ser a coroação desse time – que vinha de um percurso bastante acidentado. Já passava longe da precisão da máquina de 2019, mas ainda continha muito talento.
Mas os Deuses do futebol quiseram aprontar novamente – e o Palmeiras (ou o Palestra Itália) venceu um Flamengo brasileiro. Parecido com 40 anos atrás, os “italianos” jogaram duro, foram implacáveis na marcação, armaram contra-ataques. Nós falhamos muito. Michael deu bobeira, Andreas vacilou e o pereba Deyverson aproveitou a bola do jogo.
O melhor nem sempre vence. A lição amarga que fica nos faz refletir e questionar se não chegou a hora de uma renovação mais ampla nesse time, que em 2022 estará 3 anos mais velho.
É hora de preparar um novo Flamengo, exuberante, que joga bonito, que gosta de dar espetáculo e de fazer gols. Um Flamengo implacável com os adversários, forte fisicamente e leve na construção das jogadas. Vamos encontrar um novo treinador que terá todas as condições de nos colocar de volta nos trilhos das vitórias e dos títulos.
Que Montevidéu não se torne a nossa Sarriá.
S.R.N.8
Marcello Penna
Caramba, que texto maravilhoso!
👏👏👏👏
Valeu Adriano!
Se você gostou, já valeu a insônia.
Grande abraço e
S.R.N.8
Belo texto, amigo Marcello. Quando crescer quero ser igual a você!!! rs
Isso mostra como este blog é muito bem frequentado. Uma riqueza estar aqui.
Muito obrigado, Diego.
De coração, essa onda de empatia só produz coisas boas!
Que esse sentimento chegue na Diretoria e essa visão histórica comparando o Centenário a Sarriá possa motiva-los a fazer o que for preciso para irmos atrás de muitos anos dourados pela frente.
Grande abraço e
S.R.N.8
O Marcello me enviou o texto, para eu encaminhar ao Kleber, e me perguntou:
– “O que vc achou? meio grande né?”
Minha resposta:
– “Texto bom não tem tamanho, quando acaba você quer até mais”.
E devo dizer que fui econômico. O texto é excelente!!!
Ahhh Robert querido, sempre tão generoso!
O mais rubro-negro dos alvinegros. 😜
Tamo junto, irmão.
Conta comigo.
Abração e…
S.R.N.8
Querido Marcello, genial! Que barato! Parabéns!!
Um super abraço.
*Campeão invicto
*Mundial de clubes
*Recopa
Ainda não consigo aceitar…. Estaremos em Guayaquil para reecrever a historia.
SRN
Mengooooooooo
Querido Michel,
Nós que somos otimistas por natureza sofremos bem mais nessas situações.
Eu também não me conformo com o que aconteceu no Sábado. Em momento nenhum me preparei para perder esse jogo. Por isso, foi uma derrota doída demais – e no meio disso tudo, eu achei um paralelo com a dor e a decepção que senti na derrota da Seleção Brasileira para a Itália em 82 – e as coincidências foram brotando na minha cabeça e no meu coração rubro-negro.
Nós temos que continuar de cabeça em pé, sonhando…acreditando que daremos a volta por cima e que o nosso time vai nos dar muitas alegrias.
Que papai do céu ilumine nossos dirigentes, para botar o Flamengo no trilho das vitórias e que a gente construa, enfim, uma grande hegemonia na America do Sul.
Yes, we can!
Grande abraço e
S.R.N.8
Lembrei na hora do jogo de 82 e comentei em casa. Sufoco pra empatar, depois do primeiro vacilo, e depois entregando o ouro novamente para um time inferior e de futebol covarde. Somente um pênalti mineiro, dentre os 10 da sacola (com pitadas de VAR), poderia nos salvar diante de tanto infortúnio. Mas isso só vale para os amigos do rei. Se alguma decisão do árbitro beneficiar o FLA, que seja demitido o chefe da arbitragem.
Poderíamos ter ganho, Brasileiro e Libertadores, mesmo com as sabotagens todas, se Renato e “amigos” não tivessem jogado contra. SRN.
Grande Marcello, um brilhante poema ao futebol brasileiro e ao nosso Mengão! Não há terra arrasada, apesar dos pesares, e ainda acho que a década de 20 mostrará o Flamengo ainda mais gigante! Parabéns pela inspiração!
SRN8!
Amigo Marcus,
Não sei se é terra arrasada, mas essa derrota foi uma das maiores que sofremos na nossa história.
Não pelo placar, nem tanto pelo adversário…mas pela importância do título e pela forma que foi.
Lembraremos para sempre desse dia, do lance do Andreas, do Renato Gaúcho…da invasão em Montevidéu não correspondida dentro de campo.
O futebol é feito de grandes derrotas também.
O Zico sempre conta uma história de uma reunião no Barril 1800 entre os jogadores (em 1977, se não me engano), logo depois de terem perdido mais um título estadual. Ali foi firmado um pacto – e a vitória sobre o Vasco com aquele gol de cabeça do Rodinelli quase um ano depois é considerada como fundamental para que o time não fosse desmantelado – e fosse o embrião para conquistas gigantes durante mais uma década.
Eu penso um pouco nisso. Esse time atual do Flamengo precisa de um pacto assim. Esse time precisa ter um planejamento de longo prazo, para fazer da década de 20 uma das mais vitoriosas da nossa história.
Esse deveria ser o “peso” dessa derrota para um time infame como o Palmeiras. Os jogadores não podem aceitar e a Diretoria precisa agir para botar as coisas no seu devido lugar. O Flamengo está num caminho muito promissor…mas precisa subir novamente de patamar.
Seguimos juntos.
Grande abraço e
S.R.N.8
Infelizmente o futebol tem dessas injustiças!
já eu esperançoso que sou, achei que o jogo tava se encaminhando para ser igual a final contra o River (só eu achei o gol do River parecido com o do Palmeiras?), mas infelizmente ficou essa frustração de novo, do bom futebol perdendo para um futebol mais tático
Parabéns, Marcelo! Ótimo texto mesmo.
Quando vejo o Serginho impedir um gol do Zico naquele jogo de 82, não consigo entender por que o Telê deixou o Roberto Dinamite no banco.
A indecisão do Andreas lembra de certo modo a falha ocorrida em 82.
Parabéns Marcelo Penna! Um dos melhores textos que já li aqui até hoje. Belíssima analogia ao fatídico ano de 1982.
Assim como não mais vimos outra seleção como aquela desde 1982, tenho dúvidas se veremos outro Flamengo como o de 2019.
Helder, MUITO OBRIGADO!
Fico feliz de ter captado o sentimento de todos nós.
Pra ser sincero, eu tenho esperanças de ver o Flamengo ser muito dominante nos próximos anos. Não sei se será como 2019, mas dá para tirarmos muito desse time – com os ajustes necessários.
Esse sonho ninguém pode nos roubar.
Grande abraço.
S.R.N.8
O sonho é livre, meu amigo. O problema é que os mesmos neurônios que nós fazem sonhar coisas fascinantes são os mesmos que as vezes nos pregam pesadelos horríveis.
Pelo menos uma das duas Copas eu acreditava que o Flamengo ganharia. Penso que todos aqui também. A nossa decepção só será curada com um novo título.
Concordo que nosso time ainda é um dos melhores do Brasil. É só achar o maestro certo. E essa não é uma tarefa fácil.
Antonio, obrigado querido!
Eu tenho pesadelos com o jogo de 1982 até hoje e terei pesadelos com esse jogo do Flamengo no Uruguai para sempre. Nunca me conformarei com essas duas derrotas.
O que aconteceu com o Andreas é inexplicável – e também a bola do Michael aos 41 do segundo tempo é inaceitável. É muito pior que aquela bola do Lincoln contra o Liverpool.
Grande abraço.
Verdades: Renato Gaúcho preferiu arriscar com medalhões sem condições de jogo do que jogar com reservas em forma. Criou escudo de proteção pra eventual derrota que acabou acontecendo. Faltou culhão e coragem. SRN
Marcello Penna,
Parabéns pelo texto e pelos seus comentários sempre muito bem fundamentados no blog. Esse texto mereceu um post mesmo!
SRN
Valeu Paulo.
Um prazer conviver aqui com vocês.
Aprendo MUITO sobre Flamengo e sobre futebol com todos aqui.
Um grande abraço
S.R.N.8
Excelente texto Marcello.
Parabéns !
Sensibilidade apurada e aflorada!
Anderson, muito obrigado pelo carinho.
Nós dois temos um amor em comum – e tantas vezes opiniões divergentes.
Isso me faz aprender muito com você, amigo.
Grande abraço
S.R.N.8
OBS: CADÊ O EGON?????
Nao sei dele , deve estar enterrando o Renight na Parnaioca
Estou com saudades !
Marcello Penna, amigo,
Obrigado e, mais uma vez, PARABENS!
Paulodex, querido,
PERFEITO!
KL,
Você foi responsável direto por muitas emoções na minha vida como dirigente do nosso Flamengo.
Hoje você me proporcionou mais uma grande emoção, dando espaço em seu blog – com tantas pessoas especiais, grandes rubro-negros. É uma honra gigantesca fazer parte disso aqui.
Te agradeço por tudo. Meu máximo respeito e admiração por você.
Se Deus quiser, no ano que vem veremos juntos um jogo do Flamengo no Maracanã!
Um grande abraço, Presidente.
S.R.N.8
Parabéns Marcello, um texto que nos faz viajar ao futebol arte de 82,que perdeu para o futebol pragmático da Azzura, atravessando a linha do tempo, voltamos a ver o futebol arte do Fla com JJ em 2019, que tanto nós encantou, cai de produção no jogo em Montevidéu,mas era um time com um futebol mais criativo,todavia sucumbimos novamente ao futebol pragmático do Abel português.
Enfim,isso faz do futebol um esporte que encanta,uma vez que nem sempre o melhor vencer.
Mas um vez parabéns pelas palavras em seu belo e reflexivo texto.
Obrigado Marcos.
A única coisa que eu não gostaria que acontecesse é a gente abrir mão do espetáculo. Temos que vencer e que convencer. O Flamengo não quer ser pragmático, queremos encantar.
O que o Abel faz no Palmeiras não me agrada. É um jogo ruim de se ver.
O pior é ficar ouvindo cronistas exaltando esse português.
Abração.
S.R.N.8
Marcelo
Parabéns pelo texto.
Seus comentários aqui no blog, seu conhecimento, seu equilíbrio e sensatez, deixa muitos comentaristas esportivos com vergonha.
Abraços RN.
Grillo
Muito obrigado pelo carinho.
Realmente eu não pareço com os comentaristas esportivos. Nem eu, nem você, nem a grande maioria de pessoas que frequentam aqui esse espaço. O nível é alto. Nós estamos em OTOPATAMA.
Grande abraço.
S.R.N.8
Excelente amigo Marcello, Kleber tem faro apurado para textos assim. Tempos atrás também fiquei muito honrado em ter um publicado no blog.
Como você disse “Que esse sentimento chegue na Diretoria e essa visão histórica comparando o Centenário a Sarriá possa motiva-los a fazer o que for preciso para irmos atrás de muitos anos dourados pela frente”.
Seu texto amaciou o coração aqui, pois esse ano tá difícil, ver o Atlético levando outro título que, se tivéssemos competência, levaríamos. Aliás, competência nos falta desde 2019, pois o de 2020 também foi na base da incompetência gaúcha. Que os ares da competência e profissionalismo de ponta voltem para o Ninho do Urubu em 2022.
Daniel,
Estou tão honrado com essas mensagens generosas, carinhosas – de uma turma que eu admiro tanto.
Esse texto foi fruto de noites de insônia, com a filha internada no hospital (já está melhorando) e com a angústia de ter perdido muito mais do que uma partida decisiva.
Escrevemos todos juntos. O sentimento de todos aqui está impresso nessas palavras.
A gente merece mais – e esse time PODE muito mais do que entregaram nesse último ano.
As lições precisam ser aprendidas: a derrota no Centenário não pode ser a nossa Sarriá.
Grande abraço e
S.R.N.8
Parabéns pelo texto maravilhoso, Marcello!
Fernando, muito obrigado.
TMJ sempre!
Grande abraço.
S.R.N.8
Marcello Pena..
Finalmente algo que fez.valer a pena a leitura..
Relembrar 1982 com saudosismo foi muito bom , seu texto me fez viajar no tempo..
Me fez relembrar até o primeiro jogo do Flamengo pós copa, 5×2 sobre campo grande, 2 gols do Zico e o título da capa da revista placar : ” A Alegria.está de volta”.
Brilhante Marcello, aplaudo de pé ….e demoradamente…
Muito obrigado Liliano!
A tragédia do Sarriá só não foi maior, porque a gente tinha o Zico e um time espetacular para admirar duas vezes por semana. Ser Flamengo sempre foi maravilhoso, mas naquele tempo era uma ainda mais especial. O Flamengo do começo dos anos 80 era a Liga da Justiça. Todos os super-heróis ali reunidos.
Grande abraço.
S.R.N.8
Parabéns, Marcelo! Texto espetacular que todo rubro-negro deveria ler.
Mil vezes parabéns!
Valeu Jorge!!
Que Landim e os outros candidatos leiam – e se inspirem para o que temos pela frente.
O Flamengo tem tudo para crescer ainda mais. É só tirar as lições necessárias de derrotas tão amargas como a do sábado passado.
Grande abraço.
S.R.N.8
Caro Marcelo Penna!
Um texto dessa grandeza oferecer parabéns é até muito pouco. Para as obras de arte é necessário admirar e ler ou ver várias vezes. Infelizmente o melhor nem sempre vence e quando isso não ocorre parece que o futebol fica mais pobre.
A sua comparação é absolutamente precisa. O futebol parece que nos dois casos castigou o talento.
Não vou falar nem de injustiça e mesmo com todos os erros cometidos na derrota ainda tivemos uma grande chance de virar ou novamente empatar.
Não era o dia e nem a hora. Não era o nosso tempo e como flamenguista vou sempre cobrar mais da diretoria do que do Renato. Ali faltou sintonia entre as partes.
Grande obra de arte. Aqui entrou em cena o brilho da sua alma. Aqui entrou em cena a sua capacidade de encantar.
Fico honrado. Esse blog é muito rico e quem ama o futebol deveria ler todos os dias, seja de qual clube for torcedor.
Grande abraço….aliás 8 abraços pelo texto!
Chico querido,
Que honra receber um afago desses. É muito exagero da sua parte, um tiroteio de generosidade.
O intuito desse texto é apenas parar e refletir. Um momento histórico como esse, precisa ser visto com a devida atenção.
Essa derrota ficará no nosso coração e nas próximas gerações. Um cicatriz de guerra.
O mais importante é PROVAR que foi um acidente, que foi uma infelicidade de um jogo apenas. O Flamengo precisa entender o que aconteceu e ter um plano de resposta consistente para 2022, 2023, 2024…
Não dá para fugir da nossa missão de sermos protagonistas. Há muito que ser feito – e espero do fundo do meu maltratado coração – que os dirigentes do Flamengo comunguem desse sentimento e tomem providências.
A hora nunca foi tão propícia. Amanhã tem eleições na Gávea.
Seguiremos fortes.
Um abraço enorme.
S.R.N.8
Excelente texto, Marcello Penna. Super Parabéns !!!!
Detalhou com extrema destreza os laços envolvidos nessas duas derrotas trágicas.
Que nos sirvam de lição.
Ainda não consegui absorver totalmente o baque.
Mas amo o nosso FLAMENGO cada vez mais.
Pedro, muito obrigado!!
Eu também não superei esse resultado trágico.
Grande abraço e
S.R.N.8
Parabéns Marcello, excelente texto.
Gustavo,
Você é o Gustavo Oliveira, atual VP de Marketing – ou essa é apenas uma coincidência?
Se for…por favor, faça esse texto chegar nos seus companheiros.
É uma reflexão importante. O Flamengo precisa se reencontrar e construir um 2022 perfeito.
Se não for…muito obrigado pelas palavras. TMJ.
Grande abraço.
S.R.N.8
Muito legal, Marcello. Parabéns!
Sobre a idade do elenco, tivemos ontem uma matéria no Extra sobre este ponto do time titular.
https://extra.globo.com/esporte/flamengo/flamengo-termina-2021-com-media-de-idade-acima-dos-30-anos-aguarda-novo-tecnico-para-rejuvenescer-time-25303136.html
Diego Alves: 36 anos
Isla 33
Rodrigo Caio 28
David Luiz 34
Filipe Luis 36
Arão 29
Andreas 25
Éverton Ribeiro 32
Arrascaeta 27
Bruno Henrique 30
Gabigol 25
Além destes, temos ainda o Diego também com 36. Não vejo problema de termos no elenco todos eles, mas no time titular me preocupa a presença de tantos. Vou colocar algumas ideias para abrirmos um pouco mais a discussão.
Urge, principalmente, a necessidade de rejuvenescimento do sistema defensivo.
Quantos gols tomamos em jogadas criadas pelas laterais?
Creio que todos concordamos que Isla não é fora de série. Há quantos jogos ele não termina uma partida jogando 90 minutos? Fora que é convocado pra sua seleção e acaba atrapalhando no entrosamento quando não joga. Logo, poderia ser dispensado/negociado.
Sou partidário da ideia de promoção da titularidade para o Matheuzinho. Acredito que ele foi bem neste ano e 2022 pode ser um ano de afirmação pra ele. Se não for bem nos primeiros 5, 6 meses, contratemos um jogador pronto na janela do meio do ano.
Diego Alves não deveria ter tido seu contrato renovado antes do fim da temporada. Entendo que este deveria ter sido o último ano dele, exceto se ganhássemos a Libertadores e tivéssemos um Mundial à porta em 2022.
Dado que foi renovado, eu não sei a melhor estratégia. Exatamente porque não sei a estratégia do que fazer com o Hugo, nosso grande talento debaixo da trave, mas com problemas no jogo com os pés e que perdeu um pouco do rumo profissional. Pensando em ambos os jogadores, não sei o que seria melhor:
1) se é ter Diego como titular, emprestando Hugo para pegar experiência e aprendizagem com jogo de pés (isto é, emprestar para algum time que tenha este trabalho específico com seus goleiros);
2) ter Diego no elenco e revezando com Hugo, e ajudando no treinamento o Hugo para o jogo com os pés.Deixando claro para o Hugo que ele só será titular se melhorar seu jogo com pés.
3) contratar um novo goleiro, para ser o titular, deixando Diego no banco e emprestando Hugo conforme item 1.
Sobre Filipe Luiz, temos que tê-lo no elenco sem dúvidas. Talvez 2022 seja a última temporada em que ele inicie como titular. Entendo que devemos ter um plano de passagem da posição dele para o Ramon, com revezamento de jogos. (Tipo o que teve em 2021, acho que não planejado, entre Isla e Matheuzinho).
Se Ramon não performar bem, vamos ao mercado trazer um jogador já pronto (perdemos o Jorge já) na janela do meio do ano: um empréstimo se FL estiver bem; uma compra se FL estiver mal.
Gostaria de debater com os amigos estas ideias.
Thiago,
Eu concordo com a maioria das coisas que você falou aqui.
Há que se rejuvenescer um pouco o elenco, mas grandes times são sempre um “blend” entre experiência e juventude. Temos muitos exemplos na história.
Sobre o gol, eu fico com a segunda opção. Acho que o Hugo pode se tornar titular. Essa experiência do Diego Alves é importante para isso. Mais ou menos o rito de passagem que aconteceu com o Julio Cesar e o Clemer. Tem o João Fernando pra subir. César e Gabriel Batista eu tentaria vender, emprestar, doar. Precisaremos contratar mais um goleiro. Gosto muito do João Paulo, do Santos FC.
Na lateral direita, eu ficaria só com o Matheuzinho e tentaria negociar o Isla. Como o Rodinei também está de saída, passa a ser uma contratação necessária. Tem que ir ao mercado. Gosto do argentino que joga no Internacional-RS. Muito bom jogador: Renzo Saravia.
Na zaga, acho que nossos reservas são fracos e Bruno Viana está indo embora (graças a Deus). Tem alguns garotos pra subir (Cleiton, Otávio, Noga) e seria bom trazer mais um zagueiro cascudo. O Samir estava cavando pra voltar. A nossa zaga titular é muito boa.
Na lateral esquerda, você foi preciso. Acho que é um ano para o Ramón se consolidar. Dificilmente vão vender o Renê. Filipinho eu gostaria de vê-lo assumindo o papel de Diretor Técnico. O Ítalo pode subir. É uma promessa.
Nossos volantes são bons: Arão, Andreas, Tiago Maia, João Gomes. Eu tentaria negociar o Piris da Motta – e acho que já deu para o Diego Ribas. Tem que ver o que vai acontecer com o Tiago Maia e o Andreas, que encerram empréstimo no meio de 2022. Eu traria o Gerson de volta imediatamente. Ele quer muito – e acho que daria para compor uma boa negociação com o Olimpique (que ainda nem pagou tudo que deve). Também tem jogador pra subir: Daniel Cabral.
Na meia é onde estamos mais necessitados de reforços, principalmente para o lugar do Arrascaeta. O ER7 não vem bem e pode ter chegado a hora de liberar ele para os árabes. É nesse setor, temos que fazer o nosso maior investimento – e tem que ser pelo menos dois nomes indiscutíveis. Além disso, eu também subiria o Matheus França e o Victor Hugo, dois ótimos valores da categoria de base.
No ataque acho que não temos muitos problemas. BH, Michael, Gabigol e Pedro são ótimas opções. Acho que falta um centroavante reserva e um jogador aberto pela direita (já que o Kenedy não vingou). Não dá mais pra aguentar o Victor Gabriel. Eu subiria o Mateusão, que tem só 17 anos e é uma promessa.
Fora tudo isso, temos que investir MUITO dinheiro na comissão técnica, no departamento médico, fisiologia, preparação física. Temos que investir no gramado do Maracanã, pra resolver o assunto de uma vez por todas. Há muito que ser feito do lado de fora.
Grande abraço e S.R.N.8
Que texto brilhante!!!! Parabéns, Marcello!
Flamengo sempre!!!
Grande abraço e SRN