Solich e Garcia

Tudo ajuda

Quantas vezes aqui no blog li sugestões em momentos decisivos para o Flamengo, no sentido de que o último treino fosse, de preferência, na Gávea e, com os portões abertos para que os jogadores recebessem a energia emanada por esta fantástica torcida. Certamente estas sugestões partiram de companheiros com mais idade, que viveram este tipo de experiência.

Sei exatamente do que se trata, pois em 1956 este expediente psicológico já era utilizado e, graças a esta iniciativa, faltando um mês e dois dias para completar sete anos de idade, estive na Gávea com meus pais assistindo ao nosso último treino, antes do terceiro jogo contra o América, o jogo do tricampeonato, que começou em 1955 e terminou no dia 04 de abril de 56, na memorável goleada de 4 a 1, com quatro gols de Dida.
A imagem de Fleitas Solich chutando para Sinforiano Garcia (na foto acima ao lado de Solich) e Chamorro, nossos goleiros, está viva na minha memória. É isso mesmo. Naquela época não existia treinador de goleiros. A missão era do treinador…
Em síntese, a energia que tomou conta da Gávea foi algo mágico e, talvez tenha ajudado na construção daquela vitória espetacular.
Portanto, toda vez que algum companheiro aqui no blog bate nesta tecla, meu apoio, por inúmeras experiências vividas, será sempre incondicional.

Por falar nisso, o Corinthians usou e abusou desta estratégia, realizando o último treinamento com os portões abertos para a fiel torcida. Pelas imagens que recebi, havia muita gente.
Claro que, pela diferença técnica dos elencos, as “ações de ajuda” tendem a partir do lado mais frágil, afinal, além do time do Flamengo ser bem superior, ainda jogará em casa, empurrado por esta incomparável torcida.
De qualquer forma, melhor estar sempre no colo dos torcedores. Mesmo como favoritaço, aço, aço… em qualquer momento importante.

Mudando de assunto. Que absurdo o argumento de que só houve a invasão, por parte da torcida do Sport, pelo fato de o jogador do Vasco ter ido comemorar o gol próximo à torcida rubro-negra – do Recife.
Se cada gol comemorado próximo à torcida adversária virar salvo-conduto para invasão de campo, o futebol acaba.
O que ocorreu na capital pernambucana foi um verdadeiro absurdo, em que a negligência na segurança poderia ter custado vidas. E o pessoal do Sport ainda queria que o jogo fosse reiniciado…
Francamente…