Hoje, na CBF, tive o prazer de conhecer o novo, e jovem, presidente do Bahia.
Além da simpatia, Marcelo Sant’Ana me encantou pelas ideias e pela enorme vontade de reconduzir este clube tão importante e tradicional, que é o Bahia, à turma de ponta do futebol brasileiro. Comentamos sobre o jogo de ontem no Maracanã, quando mais uma vez, o pouco público presente foi colocado atrás do gol, à esquerda das cabines de rádio e TV, tendo ficado a parte frontal às câmeras de televisão, sem uma alma viva. É verdade! Não havia um único torcedor no setor onde as câmeras de TV passeiam durante 90 minutos. Será que algum dia os dirigentes do Flamengo vão entender que esta falta de iniciativa de conduzir o público para o local onde seja importante para a imagem, compromete acima de tudo a imagem do clube? Na Fonte Nova, nos jogos do Bahia, a preocupação número 1 é exatamente preencher primeiro os lugares frontais às câmeras de TV. Existe algo mais pobre no futebol do que um espetáculo sem público? Quem ontem assistiu ao jogo do Flamengo pela TV, com certeza deve ter imaginado das duas, uma: jogo de portões fechados, ou a torcida do clube mais popular do país não está vivendo um momento de sintonia com o time.
E por falar em sintonia, junto ao presidente do Bahia estava Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Bahiana de Futebol. Lá, juntos, clubes e federação começam a entender a necessidade de modificações urgentes, como por exemplo, reajustar o campeonato estadual, valorizando o campeonato regional, que é a Copa do Nordeste, muito mais atrativa para o público. Ednaldo me dizia que, a cada ano, dois clubes cairão para a segunda divisão do campeonato baiano, enquanto que somente um subirá, até que se chegue a um campeonato com 10 clubes. Saudável, não? Pois é, clubes e Federação remando juntos.
Outro tema que me deixou bem impressionado com o presidente do Bahia foi o respeito ao poder da comunicação, no sentido de solidificar a imagem do clube. Explico: Marcelo Sant’Ana, em jogos oficiais, quando o Bahia é o mandante, não abre mão de utilizar o uniforme número um que, em última análise, é a cara do Bahia para o mundo. Concordamos em gênero, número e grau que, criminoso é, em jogos oficiais, o Vasco não usar a faixa diagonal, marca registrada do clube da colina, o Flamengo não entrar em campo com o manto sagrado, e por aí vai…
Pelo que vi hoje, o Bahia, rapidinho, vai voltar a ser o grande Bahia.
Que inveja…