Bem, para começar, sugiro que quem não leu os comentários do post anterior, cujo título é “PAÍS DE MERDA?“, dê uma olhadinha agora, até porque, o nosso tema deste post, nada mais é do que o seguimento em função das manifestações variadas que recebemos.
Os comentários foram todos pertinentes, embora partindo de pensamentos e cabeças diferentes. Em todos, fica clara a necessidade de profundas mudanças e, pelo que li, todos concordam que, esperar este milagre do poder público e, a curto prazo, é acreditar na historinha do Boi Tatá…
O meu guru para assuntos criminais, o brilhante Dr. Michel Assef, também acha que mudanças sejam necessárias, porém trilha um caminho mais suave e político para se atingir os objetivos, como enfatizar que precisamos de mais escolas e menos presídios, e que arma é para profissional e não para amador. Afirma ainda não ter entendido o comportamento da mídia, que carregou o noticiário em cima da morte do médico Jaime Gold, e pouco noticiou sobre a morte de dois menores, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador.
Vamos começar por aí. Pode ser até cruel a minha afirmativa, mas é verdadeira e pragmática. A morte de inocentes nas favelas do Rio, infelizmente, como vivemos uma guerra disfarçada nestas comunidades, apesar de ser uma tragédia, não é novidade. Isto acontece dia sim e dia também… Agora, o assassinato de um médico, quando cuidava da saúde, pedalando em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão postal do Rio de Janeiro, metro quadrado dos mais caros do Brasil, IPTU caríssimo também, extrapola ao que pode ser considerado corriqueiro e causa forte impacto emocional na população. Quem vive numa favela e, certamente, se pudesse lá não viveria, sabe perfeitamente dos riscos diários, sabe perfeitamente que vive e convive numa guerra civil disfarçada, porém cruel da mesma forma. Quem pega a sua bicicleta, que comprou como manda o figurino, pagando os impostos absurdos, que só o brasileiro paga, e vai para um local em tese seguro, até porque quem ali mora contribui pagando toda sorte de impostos altíssimos, inclusive o relativo à segurança, imagina estar minimamente protegido e, como vimos, não está.
Quando afirmei que a população deve reagir e ir à luta, foi no sentido de tentar se organizar, independente do que possa fazer o poder público. Exemplo: O comércio em torno da Lagoa é enorme. Inúmeros bares, restaurantes, casas noturnas com atrações musicais, aluguéis de bicicletas e pedalinhos, parquinhos etc… e todos estão afetados pela insegurança que afasta os consumidores. Ora, eles que se unam, que chamem para o projeto de segurança a ser montado, a associação de moradores, a igreja, enfim, quem quiser ou puder participar. E, ação!!! Ontem!!!
Esperar mais o que? Isto feito, os bandidos vão começar a entender que o buraco é mais embaixo…. melhor não correr riscos…
O maior exemplo da frouxidão do nosso povo é lembrado pela minha amiga, e grande chef, Rosani Simas. Numa manhã de verão, a praia com mais de 500 mil pessoas e, entre elas, marombeiros e marombeiras, jogadores de vôlei, praticantes de frescobol, enfim, em meio a um mar de atletas, 50 pivetes conseguem promover uma onda de horror, organizando um arrastão e pondo o povo todo para correr (vídeo acima)… e os marginais vendo a multidão de quatro… O nome disto é covardia. Há momentos na vida em que o risco é inevitável. Se a causa for justa, o risco é obrigatório. Pelo menos para quem tem vergonha na cara.
Para encerrar, quero registrar que não preguei aqui o ato isolado de sair armado, em atitude Quixotesca. O que prego é o direito de qualquer cidadão poder, nesta guerra em que vivemos, estar minimamente em igualdade de condições com os bandidos, que não têm nenhum compromisso com o que há de mais sublime, que é a vida. Para eles, a vida vale o preço de uma bicicleta…
Vamos agir ou, isto é uma terra de frouxos?
Nobre,
Falar que o problema esta na educação é delegar aos outros uma tarefa que começa em casa. Pois o cidadão educado pela família que preserva os bons costumes, os bons hábitos, caráter, dignidade, honestidade, lealdade, sinceridade, transparência, comprometimento, respeito e amor ao próximo.
Acredito que a família é a célula mãe de uma sociedade. Por tanto, todo o cuidado, zelo, atenção e investimento são de suma importância e responsabilidade de cada um.
Esta bandeira que você levantou merece ser analisada com cuidado, na atualidade com a situação atual é ultrapassado o pensamento de que “cada um cuida dos seus problemas” em matéria de segurança, como corriqueiramente vemos em grandes centros a situação em que determinada pessoa coloca vários dispositivos eletrônicos de segurança em sua casa (por exemplo, cerca elétrica, alarme e câmaras de vídeo) e não mantém relação amistosa com seu vizinho.
Já vi situações em que a atitude da comunidade fez diferença, segue um exemplo no link: http://glo.bo/1IU7yLu
Saudações rubro-negra,
Wania S. Vidal
Está no congresso a discussão da redução da maioridade penal e ao mesmo tempo, a cidade maravilhosa vive uma semana de difícil vivência com ataques de facas de menores infratores.
A matéria de capa da revista ÉPOCA atual é a seguinte: É hora de conversar sobre isso.
A revista ainda abre uma indagação: Como punir menores por crimes graves?
A redução da maioridade penal e colocá-los na cadeia não resolve. O centro de reabilitação para menores infratores também não. No centro de reabilitação eles não se capacitam, não voltam a estudar e muitos querem sair dali. Investir em educação é essencial(apesar do corte no orçamento nesse quesito indicar o contrário). Mas realmente é preciso fazer algo a curto prazo. Não sei se é a melhor decisão; mas é para ser refletida e debatida. Não estou levantando bandeira, mas sim deixando uma questão no ar. Um meio – termo.
Devemos nos alistar e servir o quartel( se assim designado) aos 18 anos.
Poderia ser criado uma lei, que menores infratores reincidentes e que já passaram pelo centro de reabilitação, tenham que servir as forças armadas(Aeronáutica, Marinha ou Exército) antes dos 18 anos. Lá se aprende educação, disciplina, capacitação profissional e inclusive fazendo carreira ter direito á moradia.
O gancho está aí pra ser discutido. Investir em educação é necessário, porém o resultado só chegará daqui a alguns anos. Mas não podemos esperar e precisamos de uma solução de curto/médio prazo(enquanto o investimento em educação comece a ser realizado na prática e não no discurso). A solução que vejo é a que foi explicitada acima.
Caro Kleber , desculpe mudar um pouco de assunto e detornar a alguns posts … Que coincidência essa “falência” do Corinthians com a do governo federal , será que o corte de 69 bilhões afetou também a agremiação petista?