Resposta de Wallim Vasconcellos

Wallim Vasconcellos - Blog do Kleber Leite

(Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo)

Mais de dois mil rubro-negros apelaram no sentido de que os componentes das chapas, azul e verde, chegassem a um entendimento, evitando o confronto nas urnas e, por tabela, as consequências negativas para o Flamengo. Todos os rubro-negros que assinaram, e alguns até comentários fizeram, são unânimes em concluir que o clube não pode abrir mão de companheiros sérios e competentes e, no enfrentamento, com uma das chapas derrotadas, isto seria inevitável, até porque, no Flamengo, as eleições deixam marcas…

Como todos sabem, encaminhei via e-mail, e também através do nosso blog, todas as assinaturas para os dois candidatos. Acabo de receber o seguinte depoimento de um dos candidatos, o da chapa verde, Wallim Vasconcelos.


De: Wallim Vasconcellos
Data: 1 de outubro de 2015 15:25:51 BRT
Para: Kleber Leite
Assunto: Re: Apelo pela união

Prezado Kleber e demais signatários da petição,

Quando em 2012 idealizamos e montamos a Chapa e a estratégia de campanha e ganhamos a eleição, tínhamos em mente operar uma transformação no nosso Clube de coração.

Nossa indignação com a situação do Clube nos fez literalmente entrar em campo para tentar resgatar uma de nossas grandes paixões.

Para isso, trouxemos conosco um seleto e qualificado grupo de pessoas para trabalhar neste projeto de recuperação do Flamengo.

Neste período em que estivemos à frente do Flamengo, efetuamos mudanças drásticas, implementamos práticas modernas de gestão, incrementamos sobremaneira a receita, renegociamos o imenso passivo e resgatamos a credibilidade e a ética.

Foi um passo importante, mas não ainda suficiente para que o trabalho seja concluído. Há muito que fazer e os desafios serão ainda maiores pela situação econômica dificílima que o país atravessa atualmente e que perdurará por mais alguns anos.

Por que da ruptura?

Desde antes das eleições de 2012, entendíamos que só seria viável administrar o Flamengo se a gestão fosse feita pelo grupo e não por uma única pessoa. Assim funcionou por cerca de 22 meses. A partir daí, as decisões do grupo passaram a não mais prevalecer, a informação passou a não fluir e práticas, até então condenadas, começaram a ser realizadas. Por este motivo, o grupo, que idealizou este projeto em 2012, resolveu se afastar e montar uma Chapa para concorrer às eleições de 2015, Chapa esta que recuperasse a filosofia e as práticas de gestão idealizadas em 2012.

Por que não houve união?

Do nosso lado, estivemos sempre abertos à toda tentativa de união; participamos de várias reuniões na busca de um entendimento, nunca nos negamos a conversar e, inclusive, abri mão da minha candidatura a presidente para uma terceira pessoa do grupo para que a união fosse viável; só que para que isso acontecesse, o atual presidente também teria que abrir mão da sua candidatura. Qualquer acordo pressupõe flexibilização dos dois lados, mas, ao contrário, todas as propostas recebidas caminharam no sentido de flexibilização somente da nossa parte.

Nem eu nem meu grupo jamais colocamos e jamais colocaremos nosso interesse acima do interesse do Flamengo, mas não podemos seguir juntos num projeto que não acreditamos.

Nenhum de nós depende do Flamengo para viver, nosso lema sempre foi Tudo pelo Flamengo, Nada do Flamengo; os sócios são soberanos para escolherem o que entendem ser melhor para o Clube e em dezembro saberemos sua decisão.

Se ganharmos, continuaremos a trabalhar pelo Flamengo, sem preconceitos e buscando trazer as melhores cabeças para o Clube, independentemente do grupo político.

Se perdermos, voltaremos para a torcida com a consciência que fizemos de tudo pela nossa paixão, o Clube de Regatas do Flamengo.

Saudações Rubro-Negras ao amigo Kleber Leite.

Wallim Vasconcellos