No dia em que barrou Jefferson para a partida contra a Venezuela, ao que tudo indica, por ter o goleiro – em lance discutível – falhado no primeiro gol do Chile, Dunga foi criticado aqui neste blog (ler aqui). Agora, para um jogo pra lá de complicado, contra a Argentina, em Buenos Aires, o treinador da seleção convocou três goleiros: Alison, Jefferson e Cássio.
Na hora da escalação será uma boa oportunidade para que tentemos entender a cabeça do treinador. Será que manterá Alison ou, pelo fato do jogo ser encrespado, preferirá a experiência e a regularidade de Jefferson? Cássio, embora particularmente eu goste muito, nem por fora acho que corre. Será banco, com certeza.
Romário e Paulo Cesar Caju, espinafraram Dunga por ter barrado Jefferson que, segundo Paulo Cézar Caju, errou na postura, pois deveria, ao saber da barração, ter pedido dispensa da Seleção. Romário, pegou também pesado, criticando Dunga, seu ex-companheiro de Seleção.
Bom tema, não? Duas perguntas:
- Quem tem razão, Dunga, ou Romário e Paulo Cézar?
- A quem você entregaria a camisa 1 da Seleção no jogo contra a Argentina?
Kleber,
Assim como muitos brasileiros apaixonados por futebol, minha seleção não seria treinada pelo Dunga. Porém, nesse caso da barração do Jefferson, estou totalmente a favor do treinador.
Não sei o que motivou o Dunga a tomar essa atitude, mas entendo que apesar de ser um bom goleiro, o Jefferson hoje, jogando pelo Botafogo, está enfrentando adversários muito aquém daqueles que disputam as eliminatórias.
Muitos dizem que isso não tem nada a ver, o que eu discordo. Se a nossa série A não tem o nível dos campeonatos europeus, onde jogam a maioria dos jogadores que disputam as eliminatórias, por exemplo, o que dizer da série B?
E justifico isso afirmando que o Felipão cometeu o mesmo erro em 2014 ao convocar o grande Júlio César, que na época estava “fingindo” que jogava a MLS, nos EUA.
Enfim, respeito as opiniões contrárias, enxergo no Jefferson um grande goleiro, mas hoje ele não deveria nem ser convocado.
Oi Ivan, discordo de você por um motivo bem simples: Se Jefferson não pode jogar na Seleção hoje por estar jogando a segunda divisão, quer dizer que no ano que vem ele já pode, por estar (provavelmente) de volta à primeira? O chute que vai no cantinho na segunda divisão é tão difícil de ser defendido quanto o que vai no mesmo cantinho na primeira divisão.
Se os atacantes da segunda divisão são piores, os zagueiros também são, logo a dificuldade para o goleiro é a mesma, e olhe que a zaga do Botafogo é muito fraca. Aquele Renan Fonseca é mais lento que meu falecido avô, mesmo depois de morto! E se o Diego Giaretta jogasse metade do que pensa jogar, estaria no Barcelona, simplesmente horroroso…
E para finalizar, mesmo jogando com beques de roça à frente, a defesa do Botafogo é a menos vazada dentre os 40 clubes das duas principais divisões brasileiras (séries A e B), tomando menos gol até mesmo que o Corinthians, e isso graças a um jogador, o goleiro Jefferson.
E, apesar da minha opinião, infelizmente acho que o Dunga vai de Alison mesmo….
Caro Kléber! Prefiro o Jeferson e acho Cássio melhor que Alisson! Alias, acho o Fábio do Cruzeiro de uma regularidade acima da média! Acho que Dunga quis agradar os gauchos e agora agrada os paulistas! De toda forma, todos são excelentes goleiros! Quanto a serie B, existem jogos muito disputados e será sempre um bom termômetro de avaliação! SRN
Faço questão de compartilhar aqui a declaração do Paulo Cézar Caju, publicada hoje no O Globo, e citada por nosso presidente em seu artigo. É bastante significativa:
“Grana! Grana! Grana!
Olha, vou contar uma coisa para vocês. A barração do Jefferson é o retrato da mentalidade que cerca o ambiente da seleção, com muitos mais preocupados em negociar jogadores para o exterior do que vencer jogos.
Podem anotar aí: esse goleiro do Inter será o próximo da lista a se mandar para a Europa. Foi escalado contra a Venezuela, joguinho moleza, e atuará contra a Argentina, aí sim uma vitrine mundial, cenário perfeito para os interessados exibirem sua “joia”. Afinal, basta um jogo com a camisa da seleção para o valor do passe triplicar.
Só falta os cartolas anunciarem os jogadores na tevê, como automóveis e iogurtes. Será que nos acham idiotas?
Por isso ninguém consegue torcer por essa seleção totalmente descaracterizada, um verdadeiro balcão de negócios. Negócios de quinta categoria, diga-se de passagem.
O Jefferson não deveria ter essa postura “sim, senhor!”, mas abrir o bico, se indignar ou pedir dispensa, assim como os outros goleiros que viram o Alisson, do Inter, furar a fila. Ou, então, mudem de empresário. Grana! Grana! Grana!
Esses cartolas dormem e acordam com os cifrõezinhos nos olhos. Talvez o dia em que o Brasil não se classificar para uma Copa do Mundo esse modelo seja revisto.”