Sou profundo admirador do profissional Levir Culpi e, confesso, mais ainda, embora não tenha com ele nenhuma intimidade, admirador da figura humana desta doce pessoa, que só me passa coisas boas. Pode ter ele razão ou não, mas o que vem dele é sincero. Sempre!
Agora mesmo, Levir se diz meio perdido, imputando responsabilidade à CBF, por se sentir isolado, perdido, no meio de um tiroteio.
Explico: Levir não entende como um campeonato brasileiro tem sequência em meio a um clima olímpico, que apaixona a todos, inclusive aos profissionais do futebol que participam deste campeonato brasileiro. Segundo Levir, não há como, em meio a tanta emoção olímpica, fazer com que os jogadores se liguem no campeonato como deveriam.
O resumo da ópera, é que todos têm razão, principalmente Levir Culpi. A olimpíada é no Rio de Janeiro, mas toma conta do Brasil. Como defesa para a CBF, o calendário já complicado. Como parar a mais importante competição do Brasil por um mês?
Em contrapartida, como manter a qualidade se a concentração de quem participa está a meia bomba? Os jogadores são, antes de profissionais da bola, seres humanos como nós. Portanto, vivendo a magia deste momento olímpico e, ainda por cima, no nosso país.
Resumo da ópera: neste campeonato brasileiro tão nivelado, este momento de concentração pode decidir o título.
Tomara que a nossa turma esteja mais ligada na decisão do campeonato do que na olimpíada. Difícil dizer isso, mas é preciso…
Onde são as OLIMPIADAS ?
“Rio de Janeiro”, correto. Esta cidade está enebriada, naturalmente, pela euforia olimpica, as demais cidades do país apenas sentem uma leve BRISA OLIMPICA no ar.
Quero dizer com isso que, seguindo o RACIOCINIO do Levir, os times do RIO DE JANEIRO serão os que mais sofrerão o efeito DESPERSIVO dessa atmosfera FESTIVA.
Os times do Rio.que se cuidem pois os times de fora continuarão FOCADOS NO BRASILEIRãO e vendo as olimpiadas apenas pela tv.
É hora do departamento PSICOLOGICO do FLAMENGO entrar em campo para impedir que eles se deixem ENEBRIAR.
Afinal a MEDUSA Olimpica está no Rio de Janeiro.
Que o TIME do FLAMENGO mantenha a CHAMA pela conquista do Brasileirão ACESA até ela MOLDAR se transformar em um TROFEU de campeão.
Desde quando a CBF fez alguma coisa que nós merecesse elogios?
É só corrupção e picaretagem que rola desta entidade.
Ninguém mais leva a sério aquela instituição enquanto nela estiver um presidente acuado por acusações de corrupção e morrendo de medo de sair do seu país e não mais poder voltar a ele.
O futebol vem sofrendo a agonia de maus dirigentes da mesma maneira que nosso país vem sofrendo uma profunda crise por causa de políticos que nos enojam e roubam descaradamente o país.
Infelizmente tudo isso é o resultado da passividade do brasileiro.
O Levir esta naquela fase de “qualquer nota”, uma vez que ele já chutou o balde e a diretoria pediu para ele ficar, será que ele não tem assuntos mais imperativos para se preocupar? Pelo visto não tem mesmo, ou pelo menos até aparecer um projeto mais factível (esse ano?), pois o Fluminense ele já largou de mão.
“A FOTO DA CAPA”
A expectativa era não de um fracasso, que o Brasil desse prosseguimento na temáticas piegas que são as fórmulas de abertura dos jogos Olímpicos (excetuando alguns casos como Barcelona), afinal iria copiar sem a mesma seriedade européia! Fui surpreendido, por uma não só belíssima apresentação, mas inventiva, criativa e inédita, emocionante, realística e romântica (como conciliar? como conter as lágrimas?). Foram várias mensagens elegíveis, mas a que eu mais captei foi, “Isso aqui é Brasil, seja humano se puder”.
Uma coisinha aqui, outra ali (como aquele bando de mulheres peladas a alimentar o esteriótipo de que existe na Europa, que toda mulher brasileira tem jogo $$$), mas no geral, no conjunto da obra, no bojo, foi fantástico!
Nossos idealizadores estão de parabéns, tanto pela criação, organização e execução de um conceito absolutamente inédito, maduro, auto-critico e sincero do que seja o nosso povo. Não foi algo para “inglês ver”, mas para brasileiro ver mesmo (e se identificar com as analogias).
“MOVIDOS PELA EMOÇÃO”
Carlos Artur Nuzzman precisava controlar aquilo que era irremediavelmente incontrolável. Em seu discurso de abertura ele estava visivelmente em uma fase crítica de auto-controle emocional. Em meio ao turbilhão emocional que punha em risco ao caos em suas prerrogativas de anfitrião, saiu-se bem dado a intensidade emocional a qual foi exposto, sobreviveu.
Mas o fato me gerou um tema e quase uma certeza, de que de todos os povos latinos, talvez sejamos os mais emocionais.
Uma conclusão me veio a cabeça, e uma quase certeza (e torço para que eu esteja errado), mas acho impossível essa emoção conciliada a alto desempenho exigido (hj Diego Hipólito desabou emocionalmente ao terminar seus exercícios), vimos esta cena na Copa, como jogadores abaladíssimos emocionalmente. Vamos torcer loucamente por nossos atletas e entender que eles são acima de tudo brasileiros.