Carlos Alberto Torres, o capitão do tri, era para os mais íntimos, simplesmente, Carlão.
Tive o privilégio de passear na vida do Capitão do Tri e do Carlão. A primeira convivência foi profissional. Ele, indo para a Copa do Mundo do México, e eu, repórter da Rádio Tupi.
Convivência pra lá de agradável numa época em que a relação repórter/jogador era muito mais próxima, infinitamente mais descontraída, mais humana. Uma das minhas melhores matérias, em meio à conquista do tri campeonato mundial, foi com o nosso capitão, no hotel Plaza, hoje Windsor, em Copacabana. Maior sucesso…
Como rubro negro, Carlos Alberto Torres, não só honrou o Manto Sagrado, jogando de zagueiro de área, como foi Campeão Brasileiro em 1983, como treinador. Mais do que óbvio que, esta passagem pelo Flamengo nos aproximou muito mais, pois passamos a conviver diariamente.
Carlão teve uma participação enorme no nascimento da Klefer, em 1983. Era ele, uma das 10 personalidades do futebol que, diariamente, via Embratel, abasteciam as mais variadas paixões, do Oiapoque ao Chuí, num grande abraço nacional, através do rádio esportivo. Querem saber em que time de comentaristas jogava o nosso “Capitão”? João Saldanha, Zico, Sócrates, Falcão, Carlos Alberto Parreira, Jorge Curi, Armando Marques, Raul Plassmann, Gerson e …Carlos Alberto Torres.
Que time, hein? Nem a Rede Globo, conseguiu juntar no mesmo momento, tantas feras…
Tive o privilégio de apresentar este caminho novo para o nosso capitão do Tri. Carlão encarou e, como tudo que fez na vida, venceu. A sua última vitória foi ontem no programa “Redação SporTV”, comandado pelo competente André Rizek.
O time do céu já tem novo capitão, até porque, sem desmerecer ninguém que já tenha ido ou, quem por aqui ainda está, nunca houve nenhum igual. Nem parecido…
Descanse em paz, Carlão. Missão cumprida. Muitíssimo bem cumprida. Como ser humano, como chefe de família e como amigo. Como profissional, bem, aí já é covardia…
Quanta honra em ter com você convivido, ter sido seu amigo e chamar você de Carlão…
Obrigado, querido amigo.
Figura ímpar, não era transparente, mas translúcido! Era impressionante como a verdade simples dos fatos passava pelo prisma (de campeão histórico) de sua visão! Sincero, autêntico, pragmático, prático. O esporte e a crônica esportiva perdem muito no dia de hj. Como disse Getúlio Vargas: “Passou da vida para a história”.
Caro Kléber e irmãos flamenguistas! Por hoje e por agora: UM MINUTO DE SILÊNCIO, DOIS MINUTOS DE SILÊNCIO, MUITOS MINUTOS DE SILÊNCIO. Saudações ao Capita, o ETERNO e único que será sempre lembrado como CAPITÃO. Abaixo dele, tudo ficou sem faixa,
Parabéns Kleber pelo seu comentário sobre o nosso Capitão. Sábias palavras. Que descanse em paz!?
Juntamente com Leandro, vi Carlos Alberto Torres como o grande lateral da historia no país. Como capitão, ninguem encarnou melhor a função. Tecnico campeão pelo Flamengo, admirava-o por sua sinceridade e jeito de falar. Lembro-me bem em 1970 na copa do Mexico seu gol encerrado os 4 a 1 contra a Italia. Capitão num time com Piazza, Gerson e Pelé. Que Deus de a familia e amigos proximos força para enfrentar a falta, a lembrança, a perda e a nós brasileiros a certeza que foi-se um grande homem, um sujeito do bem num futebol tão maquiado.
E como ele GOSTAVA do Flamengo…! Só falava bem do rubro-negro…!
Bem! Como tenho um padrasto América e um tio tricolor, por falta do que fazer e, por gostar de futebol, muitas vezes fui assistir este “clássico”…
No América jogava um ponta-esquerda de 1,50 de altura, que se chamava Abel.
De meias arriadas (tipo Renato Gaúcho), simplesmente deixava o Capita de cabeça pra baixo. Bagunçava geral…
Carlos Alberto nunca foi um grande marcador como lateral. Mas, um excelente ala.
Claro que como capitão de uma seleção fantástica e, sendo campeão do mundo com uma geração absurda, isso muda muita coisa.
Comparar com Leandro em termos de habilidade, é uma heresia. Porém, nosso lateral também capengava na marcação. Que o diga Andrade!
O melhor lateral que vi jogando pelo Flamengo, que marcava bem e atacava muito bem, foi Toninho Baiano. Geração 80…
Convocado em 1978 por Coutinho (saímos da Copa sem perder um único jogo),foi muito bem contra a Argentina, quando marcou o arisco Ortiz.
http://copa.imguol.com/2010/copadomundo/2009/11/06/selecao-brasileira-convocada-ao-mundial-da-argentina-posa-para-foto-oficial-1257534644061_615x300.jpg
Ahhh! Esqueci alguns asteriscos.
Além de um ótimo lateral, como pessoa, me parecia muito sincero e bom caráter.
Mandava na lata tudo que sentia.
Foi melhor como técnico (1983) que como zagueiro do Flamengo.
Já com 33 anos, desistiu de correr atrás dos pontas e se acomodou na zaga.
Aliás! O mesmo final de careira de Leandro.
“Aliás! O mesmo final de CARREIRA de Leandro.”