Cavadinhas

(Reprodução da internet)

Nas rádios do Rio, principalmente nas rádios Globo e Tupi, surgiram verdadeiras obras de arte que, com uma só palavra, diziam tudo. Assim nasceu a expressão “mala” que, como todos sabem, passou a ser chamado o chato.

O “jabá” foi a expressão que surgiu para, em uma palavra, todos saberem que um locutor, ou programador, levava vantagem de alguma gravadora para que uma música ou um cantor fosse divulgado. E, em um mundo diferente do de hoje que, ferozmente, combate a corrupção, havia naquela época quem defendesse e, sobre isso, há um episódio genial, em que um companheiro, no ar, fez o seguinte comentário: “Só é contra o jabá, quem não está no jabá”.

Outros tempos. Onde o “jabá” que se vê hoje em dia por aí, comparado com os de antigamente, deixa no ar até um certo “romantismo malandro” quando se olha para trás.

Também no rádio, surgiu a expressão “cavadinha” que, era uma maneira ardilosa, malandra, sorrateira, engenhosa, que um locutor “trabalhava” para ser escalado em um determinado jogo. O termo pegou e, até hoje está por aí.

Hoje mesmo, leio que o treinador argentino Edgardo Bauza dá entrevista falando sobre um possível interesse do Flamengo, de que um de seus agentes está em tratativas com os dirigentes rubro-negros e, por aí vai…

O surpreendente é que o desespero de ver o nosso time sem comando é tão grande que, embora esteja na cara tratar-se de uma “cavadinha “, damos uma de bobinhos, acreditando ser verdade.

Torcendo para ser verdade, até sendo o Bauza…

Cadê o treinador?