(Foto: Raphael De Angeli)

Ai Jesus!!!

Temos técnico!

As fotos de Rodolfo Landim com Jorge Jesus, junto ao noticiário que vem da Espanha, garantem uma nova etapa na vida do Flamengo, desta feita com um treinador estrangeiro.

Curioso, mas a minha imagem de infância de um treinador rubro-negro, também, é de um estrangeiro. Lembro com total clareza de Fleitas Solich, o feiticeiro, treinando Sinforiano Garcia, na Gávea. Solich chutava e Garcia tinha que pegar firme, sem soltar a bola. Eu, aos seis anos, embasbacado, de mãos dadas com meu pai e minha mãe, parecia estar no céu…

Esta contratação promove em mim um conflito interessante. Ao mesmo tempo que ratifico que, se me coubesse a decisão, não contrataria um treinador que não fosse brasileiro, esbarro na enorme curiosidade em saber como será o Flamengo dirigido por Jorge Jesus.

Embora estrangeiro, Jesus chega com a enorme vantagem de o idioma ser o mesmo, o que irá encurtar brutalmente o tempo de comunicação com os seus comandados.

No noticiário, o que não gostei foi o fato do novo treinador só se apresentar em meados de junho. Jogar 15 dias fora, ante tão pouco tempo para uma retomada de vida, não me parece prudente. Acelerar o início do trabalho é preciso.

As opiniões sobre o nosso novo treinador são conflitantes. De um lado, nosso ex-extraordinário goleiro Júlio César garante que Jesus irá revolucionar o futebol brasileiro. Do outro, o ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, em seu livro – “Sem Filtro”- deixa claro que, no que diz respeito a Jorge Jesus, as lembranças não são nada boas.

Enfim, a sorte está lançada. Que venha Jesus e que seja feliz. E, que o nosso torcedor, antes de entoar aquele corinho do qual Abel foi vítima, lembre sempre do nome do nosso novo treinador…

Ter o nome de Jesus, inegavelmente, tem suas enormes vantagens…