Reprodução FLATV

Noite histórica

Muito mais importante do que ocorreu em campo foi o que ocorreu na telinha. Pela primeira vez na vida, com que cabeça fosse – torcedor, jornalista ou dirigente – o melhor lugar para se ver o jogo foi a poltrona.

Em 1995, em meio a muitos fatos novos na vida do Flamengo, foi criada a FLATV. A ideia sempre foi a de ser o veículo que pudesse levar ao torcedor rubro-negro a intimidade e a proximidade dos nossos ídolos. Um veículo, pela natureza familiar, capaz de oferecer muito além do que estava habituado o nosso torcedor.

De lá para cá, além de tudo isto ter sido alcançado, além da enorme contribuição para o crescimento do projeto “Sócio Torcedor”, a FLATV – quem diria – se transformou no PLIN-PLIN rubro-negro, transmitindo, ao vivo e com exclusividade, um jogo oficial do Flamengo.

Não vou aqui tomar o tempo de ninguém levantando a questão sobre o imbróglio com a Globo. O mais importante é chamar atenção para o momento histórico que será repetido na semifinal deste Campeonato Carioca. Não há como negar que nasceu na noite de terça-feira, dia 1º de julho, um novo caminho na comunicação e nos direitos do futebol brasileiro.

Quanto à transmissão, seria até covardia uma análise depurada, pois o ineditismo perdoa qualquer tipo de equívoco. As evoluções ocorrerão normalmente, desde que a comunicação seja encarada com seriedade e profissionalismo.

Que os dirigentes da Globo não se sintam derrotados. Apenas entendam que, mais do que nunca, a comunicação mundial está acelerada e aberta aos fatos novos. Com a incomparável competência, a Globo sempre terá seu espaço garantido, só que deve estar começando a entender que o mundo mudou.

Ah, o jogo? Uma covardia!

A diferença técnica, uma barbaridade. O placar – 2 a 0 – nada a ver com o que se viu em campo. A quantidade de gols perdidos foi incrível. A intensidade do time, notável. O gol de Gérson, uma obra de arte.

Na semifinal que vem aí, FLATV de novo!!!