Tristeza e reflexão

Confesso que fiquei muito impressionado com o episódio envolvendo o jogador Fabrício, do Internacional, no jogo Inter x Ipiranga, pelo Campeonato Gaúcho (vídeo acima). Vendo este fato, e sabendo dos antecedentes de Fabrício, que sempre foi “esquentado”, já tendo sido protagonista de uma série de confusões desde a sua chegada ao Inter, em 2012, me vem à cabeça a história do piloto alemão que jogou o avião no chão, matando 150 pessoas.

Há uma certa semelhança nos dois casos se olharmos os antecedentes de ambos. Tanto lá, como cá, os indícios de desequilíbrio eram flagrantes, e que providências ante sinais tão evidentes foram tomadas por quem de direito? Lá, pela empresa aérea e aqui, pelo Internacional? Resposta: nenhuma. Resultado: lá, 150 mortos. Aqui, um sonho praticamente indo para o espaço… Sim, porque acreditar que, sem um tratamento adequado, Fabrício possa dar a volta por cima em outro clube, é o mesmo que acreditar em Gata Borralheira, Papai Noel, Super Homem e por aí vai… E será que alguém, em algum outro clube, que possa vir a se interessar por Fabrício, vai se tocar da necessidade de que antes de ir para o campo, este rapaz tem que frequentar o consultório de um bom psicanalista?

Muitas vezes não vemos o que está bem claro diante dos nossos olhos, seja por ignorância, por falta de sensibilidade ou até por irresponsabilidade. Em algumas vezes, o resultado disso pode ser trágico.