Menos mal…

(Foto: Staff Images/ Flamengo)

. Tive dúvidas com relação ao título deste post. No final, fiquei entre “deu sono” e, “menos mal”. Acabei optando pela segunda alternativa, na medida em que fui concluindo que a minha má vontade com o jogo tinha muito mais a ver pelo fato dele nada valer, do que propriamente pelo que acontecia dentro das quatro linhas. E, quando você vai ver um jogo sabendo que não vale nada – e que seu adversário entra com um time reserva – ter boa vontade como?

O gol de Arão me acordou e fez com que mudasse o título. Perder é ruim. Para o Fluminense, pior. Para o Fluminense, com o time B, vexame… O gol no final, ao menos, evitou um papelão.


. Quero agora levantar a bola para a estratégia. A decisão de colocar a maioria dos titulares em campo foi boa? Aliás, maioria dos titulares, não! Time titular, sim! Até porque, se Diego jogou, estava em campo o nosso time principal.

Certa vez, demonstrei ao genial e incomparável supervisor Domingo Bosco a minha preocupação pelo fato de determinado jogador ter que ficar de fora de um jogo importante. A reação dele, pragmática e genial: “Tire esta preocupação da cabeça. Aqui o único desfalque é o Zico. Ele jogando, não há desfalque”. Guardadas as devidas proporções, Bosco continua tendo razão…

Voltando ao tema inicial, sou de opinião que, quando se sabe – como foi o caso neste Fla-Flu – que o adversário vai jogar com o time reserva, o estado psicológico é afetado, pois fica no ar a obrigação de ganhar e, todos sabem que, em se tratando de futebol, não é assim que a banda toca…

Acho que, igual, deveríamos ter entrado com um time B. Sei que alguém argumentará que, se esta decisão fosse tomada, Diego – por exemplo – passaria muito tempo sem jogar, pois, foi para a Seleção e não entrou em campo. Para quem pensa assim, indago: e daí?

Mil vezes melhor seria ter sido poupado, evitando um desgaste desnecessário, colocando em risco a quebra da confiança nele mesmo, e no time, caso houvesse uma derrota.


. Outra coisa: Lembram o que contei aqui com relação ao Júlio César que, embora fosse muito melhor do que todos os goleiros da categoria júnior, jogava no juvenil?

Pois é. O fato se repete vinte e dois anos depois. Vinícius Jr é muito mais talento do que qualquer um dos garotos que vêm sendo aproveitados por Zé Ricardo e, aproveitado não é, provavelmente por ser mais jovem. Como me disse certa vez o grande Telê Santana: “Talento não tem idade. Talento é raridade”. VINÍCIUS JR, JÁ!!

Até por uma questão de coerência, por tudo que aqui coloquei, me recuso a analisar o jogo e, consequentemente, a atuação do nosso time. Na escalação das equipes, psicologicamente, o Fluminense entrou com enorme vantagem.


. E os jogos que nada valem prosseguem. Agora, o adversário será o Vasco. Que tal fazer do limão, uma bela limonada? VINÍCIUS JR, NELES!!!!

Garanto que será esta a grande (talvez única) motivação para qualquer rubro-negro ir ou ver o jogo.  VINÍCIUS JR, JÁ!!!