Gilvan de Souza / CRF

De grão em grão errado, a galinha esvazia o papo

Flamengo 0 x 0 Cruzeiro

É isso. De pontinho em pontinho deixado, a vaca fica assanhada para ir para o brejo…
Saio do Maracanã com a seguinte sensação: Filipe Luís está mais preocupado em justificar as contratações por ele indicadas, ou com sua anuência, do que em escalar o time como deve ser escalado, independentemente de quem tenha contratado este ou aquele jogador.
Sinto um acolhimento maior para Samuel Lino e Carrascal, que outros jogadores não têm.

Injustificável a escalação e, pior ainda, a demora em ajeitar as coisas.
Nosso time peca pela objetividade. Cisca pra cá, cisca pra lá e… nada!
No primeiro tempo, o goleiro do Cruzeiro não fez uma única defesa.
Carrascal, Plata e Samuel Lino compuseram um ataque inofensivo. Como futebol é bola na rede, convenhamos que Luiz Araújo, Pedro e, até Cebolinha, têm mais intimidade com a rede adversária…

Muito me impressiona a dificuldade que Samuel Lino tem para finalizar. Tudo bem que tenha tido uma noite não muito feliz. O que me espanta é a dificuldade em finalizar.
Cebolinha não tem a velocidade de Samuel Lino, mas finaliza bem.
Do outro lado do campo, Luiz Araújo, não só é mais participativo, como finaliza e é mais decisivo que Carrascal.
Fico, também, com a sensação de que Pedro está com os quatro pneus arriados. Como no futebol confiança é quase tudo, difícil alguém engrenar quando sente que o treinador não confia nele.
Passei batido por Plata. Relevo, pois jogou fora de onde pode minimamente render.

Meio-campo, razoável. Pouco criativo.
Bem mesmo, somente três: Rossi, Léo Ortiz e Léo Pereira.
Laterais, burocratas.
Ia esquecendo. Craque, quem decide, não se tira do jogo. Claro que me refiro a Arrascaeta.

Enfim, o Palmeiras chegou. Vencendo o jogo que falta (Juventude em casa) passa na frente pelo critério de número de vitórias.
Jogamos mal contra Vasco, Estudiantes, Corinthians e Cruzeiro.

O momento pede humildade e profunda reflexão. Antes que a vaca vá pro brejo, com bezerro e tudo…