Arrascaeta brilhou. Uruguai dançou e Brasil tropeçou. Mas segue em pé…

Camarões 1 x 0 Brasil

Vamos começar pelo Uruguai, quer dizer, por Arrascaeta…
Incrível, como no futebol os estragos possam ser causados por quem não esteja dentro das quatro linhas. Os dirigentes uruguaios cometeram o primeiro erro transformando Diego Alonso em treinador da seleção. Depois, de camarote, foram testemunhas de equívocos grosseiros do treinador, sem que interviessem, ao menos, de forma sutil, provocando diálogo, no sentido de que entendesse ele o que ocorre no mundo da bola, onde no mais importante país do continente, o Brasil, um uruguaio é o jogador mais criativo. Arrascaeta, titular no terceiro jogo do Uruguai, foi a maior piada da Copa…

A não escalação de Arrascaeta, já no primeiro jogo, foi um dos maiores absurdos que pude constatar ao longo do tempo. Se o Uruguai tivesse um treinador minimamente informado estaria classificado, quem sabe, em primeiro do grupo. Em função da absoluta falta de competência fora do campo, está voltando para casa prematuramente.

Tudo que disse é uma coisa. Há, porém, outra coisa. Esta arbitragem alemã – incluindo-se aí a turma do VAR – no mínimo, ultrapassou os limites da incompetência. Os dois pênaltis não marcados a favor do Uruguai representam motivo  de estranheza. Pior ainda que, no segundo – e óbvio – pênalti, sequer o VAR deu o ar da graça. Tudo… estranhíssimo!!!
Otavinho Drummond, filho do genial Ivan Drummond, com a hereditária sabedoria rubro-negra, achou ótimo Arrascaeta estar voltando para casa, pois se continuasse na Copa, certamente apareceriam propostas irrecusáveis e os nossos sonhos rubro-negros estariam seriamente comprometidos…

Antes do jogo do Brasil meu amigo Radamés Lattari mostrava contrariedade pela escalação de um time totalmente reserva e, lembrando Muricy Ramalho, vaticinou que a bola puniria…
Embora respeitando a opinião do meu amigo Rada, acho que a opção de Tite por utilizar todos os reservas fez sentido levando-se em conta que já na segunda-feira, pelas oitavas, temos jogo decisivo contra a Coréia do Sul.

Sinceramente, não vejo como esta derrota possa influir negativamente no moral da tropa. Segunda é outro jogo, com outro time.
Não sei se o excesso de individualismo ficou por conta da vaidade ou se pela falta de entrosamento. Como este time não será repetido, não há nenhuma importância em se depurar o tema. Perdemos um jogo que não valia nada…

Éverton Ribeiro e Pedro estrearam. Não brilharam, o time perdeu, mas continuam na Copa. Arrascaeta brilhou intensamente, o time venceu, mas está voltando para casa…

Todo cuidado é pouco. Com a globalização não há mais bobo no futebol.
Embora tenha a quase certeza de que só na semifinal pegaremos alguém do nosso tamanho – acho que será a Argentina – é bom abrir o olho, pois a maluquice desta Copa pode espirrar em qualquer um.