Quem aconselha Rueda?

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

A pergunta é pertinente. Não há como um treinador colombiano que chega na fase aguda da temporada brasileira, sem conhecer praticamente ninguém no elenco do Flamengo, e nada saber sobre os nossos adversários, não sendo mágico e não tendo bola de cristal, não ter um mínimo de orientação sobre quem seja quem no elenco. O problema é que houve, não orientação, e sim, desorientação…

Em um dos comentários do post anterior, alguém colocou que tenho eu má vontade com Rueda. Não tenho má vontade com Rueda, nem com ninguém, pois perseguição não faz parte do meu roteiro de vida.

Eu apenas considerei – e continuo pensando igual – esta contratação muito arriscada, na medida em que o comandante chega com o pau comendo na guerra, sem conhecer ninguém. Comandados e inimigos. Convenhamos que seja esta uma linha de raciocínio absolutamente normal e coerente.

Voltando ao início do raciocínio, sem conhecer quase ninguém, Rueda é obrigado a se encostar em alguém em que confie para dar início ao seu trabalho.

A sequência é que em vários momentos todos concordamos que escalações absurdas tenham ocorrido, como por exemplo, no jogo contra o Botafogo e, no jogo de ontem, contra a Ponte Preta.

Além de escalações estapafúrdias, substituições grosseiras e sem nenhum sentido. Portanto, a primeira coisa a se fazer é detectar quem orienta Rueda e, tema apurado, comprar uma passagem para este incompetente só de ida e, para a Sibéria.

Muitos companheiros nos comentários do post de ontem registraram que o time do Flamengo joga sem alma, sem vida. Desculpem, mas discordo totalmente. O desempenho de um time em campo é fruto de uma série de fatores, como um bom ambiente, metas definidas, confiança no treinador, empatia com a torcida e, por aí vai… e, quando esta engrenagem não funciona, a coisa desanda no campo, onde é até normal se imaginar que o time não tenha fibra.

Ontem, vimos alguns absurdos. Diego, hoje tão criticado, jogando taticamente equivocado, longe da zona de criação e distante da grande área. Jogou quase que o tempo todo como volante. Convenhamos, isto é um absurdo!!!

Como é que pode Geuvânio começar jogando, com Vinícius Júnior na reserva? Bastou o menino entrar para, através da habilidade e petulância que tem, provocar a expulsão de um adversário e criar duas situações de gol. Isto em muito pouco tempo, pois o nosso Rueda é da escola de não se substituir no intervalo, só mexendo no time quando a vaca já foi pro brejo.

Outra coisa: não há jogador neste planeta, por mais talentoso que seja, que produza, que jogue o que sabe, quando fica claro que o treinador não confia nele. Isto vale para Vinícius Júnior e para Éverton Ribeiro, dois jogadores que poderiam render muito mais, porém, jogam sem confiança, pois sabem que não rezam na cartilha do treinador.

Algum dirigente precisa pegar o Rueda e promover com pessoas inquestionáveis, que tenham conhecimento de causa, de preferência rubro-negras, um debate informal.

Que tal promover um encontro de Rueda com Zico e Júnior?

Meu Deus, é tão simples…