Correria tardia para momento tão importante

Os presidentes de Flamengo e River foram convocados para reunião em caráter de urgência, nesta terça-feira, em Assunção, sede da Conmebol.

Independentemente das presenças dos presidentes dos clubes finalistas da Libertadores, estarão na capital do Paraguai todos os profissionais responsáveis pela logística e marketing  da competição, também convocados pelo presidente da Conmebol.

A leitura é simples. Está na cara que será dito o óbvio ululante, ou seja, não ser prudente ou, ser um risco, a realização da final em Santiago.

Pelo noticiário anterior, caso o jogo saísse da capital chilena, Assunção, terra da Conmebol, seria a bola da vez (farinha pouca, meu pirão primeiro!).

Um profissional experiente e confiável, diretor da empresa que desenvolve o tema em questão para grandes clubes do nosso continente, como Flamengo e Boca Juniors, se consultado for, dirá que Assunção não oferece a mínima estrutura para evento de tamanha importância. Número insignificante de voos saindo da Argentina e Brasil, hotelaria fraca e estádio abaixo do mínimo exigido.

Para este profissional, a única saída será a mudança no regulamento, com dois jogos, um no Rio e outro em Buenos Aires, com sorteio para a definição de onde será o segundo jogo.

O fato de o Flamengo ter tido uma campanha melhor do que a do River não obrigaria o segundo jogo ser no Maracanã, pois o regulamento fala em final única. Portanto, só de comum acordo o regulamento pode ser modificado. Desta forma, só um sorteio daria cunho de imparcialidade e, consequentemente, de justiça.

O problema todo é o tempo que se perdeu para que houvesse uma solução. Estamos separados do mais importante jogo de futebol no continente sul-americano por menos de vinte dias, sem que se tenha a certeza em que local o jogo do ano será realizado.

Pergunto: Isto existe?

Tomara que prevaleça o bom senso e que os interesses reais dos clubes finalistas – e de seus torcedores – sejam respeitados.