(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

São Judas resolveu

Levei um susto com a informação de que Abel deixaria Gabigol no banco para “dar entrosamento a Uribe, visando o jogo pela Libertadores, contra o poderoso São José”.

Palavra de honra que quase desisti de ir ao jogo, irritado com tamanha barbaridade. Será que Abel não se deu conta de que o jogo decisivo era este contra o Fluminense?

Também me causou enorme espanto que ninguém tenha encostado em Abel para demovê-lo de equívoco tão grosseiro.

Primeiro tempo muito ruim do Flamengo. Uribe perdeu um gol inacreditável e, o mesmo jogador tricolor que salvou o gol, contando com a lerdeza do nosso centroavante, foi o que, na sequência do lance, fez o gol do Fluminense.

Aliás, o erro de marcação foi tão grande que o jogador do Fluminense, completamente só, nem precisou sair do chão para cabecear. Todos marcaram a bola…

Ainda no primeiro tempo, no finalzinho, São Judas entrou em campo e arranjou uma contusão para Uribe que, sinalizou, pedindo substituição. O time voltou para o segundo tempo com Gabigol, ou seja, começou a jogar com 11 jogadores.

Não entendi o deslocamento de Éverton Ribeiro para o lado esquerdo e, consequentemente, Bruno Henrique pela direita. Tirar Éverton Ribeiro, nosso mais importante jogador, de onde se sente melhor, convenhamos, não é inteligente.

Outra coisa: esse negócio de tirar a camisa na comemoração de gol, sabendo que vai levar o cartão amarelo, é de uma irresponsabilidade à toda prova. Gabigol merece e precisa de uma chamada.

Arrascaeta, finalmente, entrou e, foi bem. Entrou no lugar de Diego, quando se esperava a saída de Arão, inclusive pelo fato de já ter cartão amarelo.

Enfim, para nós torcedores, o importante foi a classificação para a final, mas não há como deixar de registrar que os erros, dentro e fora do campo, foram flagrantes.

Em dias assim, só São Judas resolve…