Crédito: Twitter Oficial - FIFA

Elucubrações otimistas

Quem viu PSG 3 x 2 Bayer? Indago pelo fato de ficar mais fácil para quem viu o jogo de ida pela Champions entender o quão otimista ando.

Primeiro, lembrar aos bons profissionais que transmitiram a partida que aquilo ali era um jogo de futebol. A nossa rapaziada da latinha anda muito preocupada com os números, esquecendo que em futebol tudo é absolutamente relativo. Na transmissão, o tempo todo, havia demonstração de incredulidade, pois o time alemão andava próximo de 70% de posse de bola, uma infinidade de escanteios favoráveis, trinta finalizações contra meia dúzia e o PSG estava vencendo.

Caramba, será que não está mais do que claro de que o futebol é o mais apaixonante esporte do mundo pela sua imprevisibilidade? E, neste jogo não foi tanto assim, já que o PSG entrou com seu esquema definido, tentando e conseguindo ganhar no contra-ataque. Neymar, pelo que vinha jogando, melhorou. Foi decisivo, com dois passes açucarados, enquanto que Mbappé ganhou o jogo, metendo dois gols.

Aonde quero chegar? Simples. Vendo mais um jogo válido pela principal competição europeia, já nas quartas de final, cada vez mais me convenço de que este nosso time é um ponto fora da curva no futebol da América do Sul. E, sem nenhum medo de errar, afirmo que se o time do Flamengo disputasse a Champions, iríamos poder torcer sempre, acreditando em vitória.

Uma pena, também para o futebol e, especialmente para nós rubro-negros, esta triste pandemia. Não fosse por ela, também não tenho nenhuma dúvida de que estaríamos em outro estágio e teríamos ido além da conquista do Campeonato Brasileiro em 2020.

Lembro da entrevista coletiva do treinador do Liverpool, Jürgen Klopp, que, antes que alguém fizesse qualquer pergunta, disparou: “Very, very, difficult game. Very, very, difficult game.” Deixamos o sonho do bi mundial escapulir na prorrogação, contra o poderosíssimo Liverpool, além da última bola do jogo, que seria o gol de empate, ter caído no pé do jogador errado…

De lá para cá, perdemos dois jogadores titulares, Rafinha e Pablo Marí, porém, os que efetivamente decidem, continuam. Ajeitando melhor a lateral direita, acreditando na nova zaga de área e vencendo esta praga de vírus, com a consequente volta do público aos estádios, quem é Flamengo terá todo direito de esperar sempre pelo melhor.

Este jogo de domingo será um belíssimo teste para esta tese que aqui levanto. Não pela obrigatoriedade em vencer, até porque, em futebol isto não existe e, além do mais, em um só jogo tudo pode acontecer. O que estou afirmando, é que – independentemente do resultado – mais uma vez teremos a sensação exata de que temos o melhor elenco do continente e que podemos jogar de igual para igual com a maioria esmagadora dos times de ponta do continente europeu.

Nas nossas dependências para muitas voltas olímpicas, a minha única dúvida fica por conta da volta imediata do público. No mais, fé total!!!!!!