Fator sorte

(Foto: André Durão / GloboEsporte.com)

Desde pequeno, aprendi que o fator sorte é decisivo no futebol, principalmente nos encontros clássicos. O Vasco foi fulminado pelo fator sorte antes do jogo começar, com a contusão do seu mais jovem jogador e maior talento.

No jogo, igual. O árbitro é um ser humano e, como tal, sujeito aos equívocos naturais na vida e no jogo. Achei exagerada a expulsão que fez com que o Vasco jogasse a maior parte da partida com um jogador a menos. Reparem que no lance, o jogador do Vasco sequer olha para o jogador do Botafogo. Até aquele momento, embora o Botafogo precisasse da vitória, o amplo domínio era do Vasco, em um jogo tecnicamente muito pobre.

O curioso, é que enquanto eram 11 do Botafogo, contra 10 do Vasco, o jogo estava em 0 a 0. No finalzinho, após um jogador do Botafogo ser expulso, quando tudo voltava ao normal, agora dez contra dez, o Botafogo acha o gol da vitória aos 49 minutos. Acho que na expulsão do jogador do Botafogo, o Vasco deu uma relaxada fatal.

E, na sequência, o fator sorte continuou soprando para o Botafogo, que ganhou nos pênaltis.

Vi este jogo pelo Première, com uma série de interferências. Não me arrependo, pois se o espetáculo foi fraco tecnicamente, foi rico em emoção. Por falar nisso, dois detalhes. O primeiro, a alegria de ver o Maracanã em tarde de gala, lotado, exalando alegria e paixão.

Para encerrar, embora tenha a certeza de que muitos companheiros e amigos não irão concordar, tradição é tradição.

Que história é essa de se imaginar que o Campeonato Carioca não vale nada? Quando há tradição, há peso.

O Campeonato Carioca é tão importante que resiste, embora o formato seja político – pela quantidade exagerada de participantes – e o regulamento, ridículo.

Perguntem a quem foi ao jogo de hoje, a botafoguenses ou vascaínos, se valeu ou não a pena, ter participado desta final.

E nós conseguimos perder para este time do Botafogo… Falar o que?