(Foto: André Durão / ge)

Galhardo teve coragem e, tem toda razão

O depoimento do bom atacante do Internacional, que pode ser ouvido e visto no post anterior, foi corajoso e verdadeiro. Corajoso, pois raramente se tem conhecimento de um jogador exaltar os profissionais de um outro clube. E, sem falsa modéstia, como rubro-negro, verdadeiro.

A grande diferença do Flamengo para a maioria esmagadora dos times do nosso continente é a qualidade individual, não só do time titular, como também do elenco. O placar de 4 a 1, com time alternativo, nesta semifinal de carioca, já diz tudo.

Esta contundente nova vitória sobre o Volta Redonda nos leva a algumas reflexões e a uma dúvida:

1 – Gabigol, com toda sua marrentice, foi o que de melhor nos aconteceu nos últimos anos. Que atacante espetacular!!!

2 – Precisamos controlar melhor os nossos conceitos ou, dar um tempinho maior para nossas conclusões. Vitinho, Gustavo Henrique e Michael, a cada jogo, deixam isto bem claro. Quase execrados, deram a volta por cima.

3 – Zagalo, em 1970, levantou a bandeira de que a qualidade técnica é o que vale e, em consequência, os melhores devem ser escalados. Mais do que provado está que Gabigol e Pedro podem jogar juntos.

4 – O tempo é o senhor da razão. Rogério Ceni, mais senhor de quem é quem no Flamengo, reduz brutalmente os equívocos conceituais.

5 – O mais intrigante do jogo foi a escalação de Gabriel no lugar de Hugo. O que terá passado na cabeça de Rogério Ceni? Teria perdido a confiança em Hugo?

Na certeza de não ter Diego Alves tão cedo, resolveu dar força ao goleiro que será o número dois? Se for por aí, e isto tiver sido colocado com clareza para Hugo, tudo bem. Se não, decisão perigosa. Há o comentário de que foi pelo fato de Hugo não saber jogar bem com os pés.

Como o goleiro tem nas mãos a sua grande arma, discordo. Hugo é muito mais goleiro. Tem presença. Tem tamanho. Tem talento.

Se há algo que só internamente se tenha conhecimento, aí é outra história…

Ia esquecendo. Gabigol deu novo show, desta vez de altruísmo. Depois de fazer dois gols, poderia ter feito o terceiro e pedir música, mas em todos os lances preferiu passar a bola. Gabigol foi perfeito.

Já Pedro, baita centroavante, vai entrar no “inacreditável” pelos dois incríveis gols perdidos. Isto acontece… afinal, estamos falando de futebol.

Levei um papo muito interessante com o nosso Marquinhos Braz, e com o vice-presidente jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes.

Há algo que muito nos preocupa neste Campeonato Brasileiro que vai começar.

Este será o nosso próximo tema.

Voltando ao Campeonato Carioca, sugiro calçarmos – imediatamente – as sandálias da humildade…

Este é o melhor caminho para qualquer conquista.