Neste espaço democrático, nada mais justo do que colocar para todos a esperança do meu fiel escudeiro, Robert Rodrigues, em dias melhores para o seu Botafogo. O nosso papo rubro-negro, retorna imediatamente após a estreia de Guerrero, contra o Inter. Diz aí Robert…
Terça-feira à noite, na expectativa da rodada da série B, comecei zapeando pelos jogos que antecediam a partida do Botafogo. Tudo ia dando certo: o Bahia vencia o Paysandu (até então nosso mais próximo adversário), o Náutico tomou a virada do último colocado, Mogi Mirim, no final do jogo. Assim sendo, podíamos até perder que manteríamos a liderança.
Claro que a expectativa de todos os alvinegros era a vitória sobre o Ceará, equipe que frequenta o Z4 da série B desde o início do certame, mas infelizmente não foi o que ocorreu. A verdade é que a equipe alvinegra é fraca. A defesa estava um verdadeiro queijo suíço, e vem se comportando assim desde a derrota para o Macaé, sendo que o Ceará só não fez gol graças às ótimas defesas do goleiro Jefferson, que salvou uma cabeçada à queima roupa merecedora de qualquer relação dos melhores lances da semana, e que, de acordo com o próprio goleiro, “precisa ser incluída em seu DVD”.
Apesar de não ter marcado, voltei a ficar bastante impressionado com a qualidade do garoto Luís Henrique, de apenas 17 anos. O jovem parece ter o dom, mostrando domínio de bola, bom posicionamento, personalidade e ainda mandou um petardo no travessão, de fora da área, que só não merecia entrar pela falta de qualidade apresentada pelo restante da equipe. Não dá para garantir que Luís Henrique virará um craque, até lá precisa cumprir muitas etapas e passar por muitos sacrifícios, mas que parece uma joia, isso não tenho dúvidas, basta saber como será lapidada.
Um ponto que me chamou a atenção foi que agora, com as novas arenas, times que antigamente possuíam estádios como fortes aliados, perdem essa vantagem. O Castelão de antigamente, quando lotado, era um verdadeiro “caldeirão”, representando significativa vantagem ao time da casa, com o público próximo ao campo fazendo uma pressão impressionante, quase como um décimo segundo jogador (vantagem que vocês flamenguistas conhecem muito bem, diga-se de passagem). No jogo de ontem, em Fortaleza, sabe-se lá por que, praticamente 99% da torcida do Ceará ficou sentada no anel superior do estádio, deixando a parte inferior praticamente vazia, o que diminuiu a pressão sobre a equipe botafoguense ainda mais.
E esse prejuízo não se restringe aos times de Fortaleza, o mesmo ocorre com todas as equipes que tiveram seus estádios transformados em arenas. Um bom exemplo é a Arena Fonte Nova, onde a pressão era gigantesca, mas após as reformas, a força da torcida já não é tão sentida (mesmo que presente). Outro exemplo dessa “redução da pressão caldeirão” pode ser visto na comparação entre o Pacaembu e a Arena Corinthians, sendo o primeiro muito mais efetivo a favor da equipe corintiana que o segundo. Mesmo o Maraca teve um “distanciamento” do público, acho que apenas a torcida rubro-negra não sente isso de forma tão significativa, pois é uma torcida que faz a diferença em qualquer estádio, seja o campo próximo às arquibancadas, ou não.
Como tudo tem seu lado positivo, podemos dizer que até nossa série B tem algumas de suas partidas jogadas em Arenas “padrão FIFA”. Quantos campeonatos de segunda divisão do mundo possuem tal privilégio?
Para terminar, Kleber amigo, preciso lhe dizer algo: Se é verdade que Luís Henrique foi dispensado pelo Flamengo há dois anos, é preciso levantar responsabilidades sobre as peneiras feitas por lá, pois não é possível um clube que sempre foi conhecido por ser um grande celeiro de craques, deixar um talento como ele escapar.
E obrigado pela oportunidade, é sempre um prazer ler seu Blog, poder agora contribuir com seu conteúdo é algo para se levar ad eternum!
Robert Rodrigues
Seria bacana se tivéssemos um acompanhamento aqui no Blog do que ocorre na série B. Gostei desse texto, bem que o fiel escudeiro podia dar pitacos mais frequentes sobre quem ele acha que vai subir, quem são os bons jogadores, de quais times etc.
Quanto ao Luis Henrique, já vi jogando na TV no sub-17 e achei que leva jeito mesmo, mas sem os exageros do botafoguense, pois ainda precisa comer muito arroz com feijão pra ser alguém…
Senhor Kleber, irmão de camisa.Com todo respeito ao amigos que torcem para outros times, mais eu estou muuuito feliz com essa vitória de agora em sima do Inter.Os botafoguenses,não querem nem pensar em voltar para série A.porque na B, eles ganham geral.rs.Agora, tô, tão feliz e esperançoso com a chegada do Gerrero, mas puto, ao mesmo tempo com esse tal acordo de cavalheiros, com o time da gambazada,pô!Domingo a nação vai lotar o maraca e com a estreia do Guerrero, que melhor é impossível,poderia ser record de público no brasileiro.A única coisa que nossa diretoria peca é no futebol, a gambazada armou pra cima do nosso Bandeira, e ele que tem jeito de ter, um coração bom, caiu.que pena que Guerrero, não vai jogar!Vamos sofrer muuuito domingo.eu tinha que desabafar antes de dormir…
Ainda não vi esse jovem “traíra” jogar e concordo com a questão das arenas, rola mesmo uma distância maior!
Grande Amigo.
Venho acompanhado a história do Luis Henrique faz tempo.
Inclusive, já tomamos alguns gols dele no sub-17.
Acredite! Os ceguetas do Flamengo dispensaram o garoto.
Entendo perfeitamente o entusiamo do amigo Robert.
Hoje, é realmente a “estrela solitária” do Botafogo, se não considerarmos Jefferson. Esse sim, um monstro…
Mas, não tem pinta de craque. Tem pinta de goleador.
Tipo Fred, Hernane, Barcos… enfim, a referência dentro da área.
Acho bom o Botafogo esconder um pouco o garoto. Com a falta de grana, se bobear, não termina o ano jogando por lá.
O mesmo digo do Jorge.
Esse sim! Tem tudo pra se tornar um baita lateral. SE brincar menos e esquecer o ídolo André Santos…
Amigo Carlos Egon, figura já consagrada nos bastidores deste blog, você está certíssimo em sua colocação, ele está mais para goleador mesmo, até por que craque, na acepção real da palavra, em minha opinião, é o cara que leva a dez nas costas, como um Zico, um Messi ou um Pelé (no caso do Botafogo, o último que vi assim foi o Mendonça).
Mas existe também um outro tipo de craque, também importantíssimo, que é aquele que coloca a bola para dentro, o tal goleador. Cito como exemplo, sem querer dizer que o jovem Luís Henrique chegará a tal ponto, o Ronaldo Fenômeno, que nunca foi um craque de camisa dez, de organizar o time, mas foi um craque goleador, aquele que aproveita as oportunidades como poucos. É esse o tipo de craque que, creio eu, o garoto pode vir a ser.
Forte abraço!
Grande amigo Robert.
Primeiramente, muito obrigado pela consideração.
Conseguiram descobrir (imprensa) após décadas, que o tal 10 é uma mística.
Realmente te dou razão! Por causa do Zico, sempre fiz questão de jogar com a 10 quando jogava no Lagoa da praia de Ipanema.
Não custou muito pra entender, que os craques eram o 5, 8 e o 11…
Posso viajar um pouco mas distante nos seus argumentos corretíssimos.
Vimos Reinaldo e Careca com a 9, Romário com a 11, Cruyff com a 14… e entre muitos craques, o grande meia Ardiles na Copa de 1978, com a 1…
Não tenho a menor vergonha em afirmar, que nos últimos anos, o grande goleador que vi no Flamengo, foi Hernane.
Com cara de jagunço, nunca teve o mesmo tratamento da mídia, que o “galã” Fred tem até hoje.
Não falo em Romário, porque na minha opinião, dentro da área nem Pelé.
Entendo, que 2 jogadores são essenciais num time de futebol.
O goleiro que não pode falhar, e, o centroavante de um toque só.
Vide Gerd Muller! Só jogava dentro da pequena área.
Com 1,76 de altura, fez 800 gols jogando naquele pequeno retângulo.
Este, é o tipo de centroavante que eu gosto.
É justamente o perfil do promissor Luis Henrique.
Grande abraço no amigo.
Kleber eu gosto muito do atacante Tassio, você sabe porque ele não joga nesse time fraco do Botafogo?
Olha o garoto, ainda um meninote, vestindo o manto sagrado. Foi dispensado mesmo de nossa base, lamentável…
No blog da Marluci Martins: http://glo.bo/1HlP6H3