📷: Gil Gomes / AGIF

Empurrando – e bem – com a barriga, de olho na Copa do Brasil

Cuiabá 1 x 2 Flamengo

Antes de abordar este jogo contra o Cuiabá, um papinho rápido sobre a final da Libertadores.
As informações que chegam de Assunção, sede da Conmebol, dão conta de que, preocupados com a possibilidade de monumental “mico” – de um estádio vazio em uma final da mais importante competição do continente – os dirigentes admitem uma redução no preço dos ingressos.
Isto nada mais é do que tapar o sol com a peneira, pois o absurdo valor das entradas é apenas um de muitos itens que afastam o torcedor desta finalíssima. O “X” do problema é de que maneira e a que custo chegar e sair de Guayaquil. Isto sem se falar onde lá ficar…

Será tão difícil que os dirigentes da Conmebol entendam que nem tudo que seja factível para os europeus deva ser copiado na América do Sul?
Nosso continente é gigante e paupérrimo. Malha ferroviária, inexiste. Rodoviária, um horror! Aérea, limitada e caríssima!
Jogo único na Champions é mais do que pertinente, pelo poder aquisitivo do europeu e pelas inúmeras facilidades, a preço baixo, de locomoção, alimentação e hospedagem.
Jogo único na América do Sul é uma agressão ao torcedor, principalmente ao mais apaixonado, ao que acompanha sua paixão de vida o ano inteiro.
Cada um no seu cada um. A fórmula para o europeu é maravilhosa. Para nós, inconsequente, irresponsável e perversa.
Até que a vida mude para nós sul-americanos – e vai demorar muito – é final com um jogo cá e um jogo lá, com dois estádios hiper lotados e o torcedor sendo respeitado.
O que me espanta é a passividade dos clubes, principalmente dos brasileiros, conduzidos como se gado fossem…

Vamos ao jogo.

Ainda bem que a ideia de o time ser dirigido pelo filho de Dorival Júnior não vingou. Não pelo fato do auxiliar não ter competência ou, que Dorival seja decisivo para se ganhar um jogo. Apenas por uma questão de respeito. Ao torcedor, à imagem do Flamengo e do Campeonato Brasileiro.

Jogo ganho na individualidade, afinal, esta é a vantagem em se ter um elenco caro, bom e numeroso, em que o time reserva é superior à maioria dos times que disputam a primeira divisão deste Campeonato Brasileiro.
Cebolinha, mais uma vez, arisco e fazendo a diferença. Matheus França, responsável pela mais linda jogada e, de quebra, fazendo gol. Marinho, sem brilhar, porém, participativo e deixando o dele…
No mais, todos dentro da boa média. No último lance do jogo, cheguei a achar falta em Diego, no gol do Cuiabá. Como ninguém reclamou…

Pode parecer que este jogo nada tenha a ver com a decisão contra o Corinthians. Tem sim! Manter o astral lá em cima é fundamental. O respeito é fortalecido, além da confiança, que é quase tudo no futebol.