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Bola fora

Tenho pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, respeito e admiração. O seu jeitão “mãos à obra” sempre me fascinou, pois nos dias de hoje, difícil encontrar um político com este perfil.
Portanto, não há aqui qualquer possibilidade de crítica, tendo a ideologia como ponto de partida…
O pessoal do Flamengo tem toda razão em esbravejar, pois se pode haver público para o jogo entre Brasil e Argentina, por que não, para os nossos jogos, pela Libertadores, Brasileiro ou Copa do Brasil?

Na realidade, estranho a posição do nosso prefeito, abrindo mão de medida responsável, inibindo aglomeração em eventos esportivos, para se curvar a uma solicitação da Conmebol. Por que oito mil pessoas podem ver Brasil x Argentina, e oito mil pessoas que gostariam de apoiar o Flamengo, contra a Chapecoense, estão impedidas?
Batom na Cueca. Não há explicação.
Bola fora do nosso prefeito. Com todo respeito… de quem tem por ele apreço e admiração.

Já que o tema enveredou pelo nosso próximo jogo, estimo que esteja havendo diálogo entre diretoria e treinador. Afinal, é dever do técnico dar as devidas explicações quando solicitadas.
Adoraria ouvir de Rogério Ceni uma explicação plausível para a escalação de Bruno Viana, contra o Atlético Mineiro. Este exercício – o do diálogo obrigatório – deve ser uma rotina, só que, antes dos jogos. Quando o diálogo é aberto, aumenta brutalmente a possiblidade de equívocos serem corrigidos. A palavra final será sempre do treinador que, em contrapartida, arcará com a responsabilidade de suas decisões. Simples assim…

Para finalizar, dizer ao querido Anderson Santos que imaginava Rogério Ceni entregando muito mais do que estamos constatando. O tema é complexo, pois analisamos de fora, apenas pelo que vemos nos jogos. Pelas partidas, muito a discordar. Teimosia em escalar Arão como zagueiro. Pior ainda agora, sem Gerson.
Duvido de uma boa relação pelo que vejo nos jogos. Virou rotina a cara feia de quem é substituído. Uma vez ou outra, vá lá! Só que, dia sim, dia também, sinaliza que o ambiente não está bom.
E o 4–2-4? Como entrar em campo com quatro atacantes de ofício? Ou Vitinho, Pedro, Bruno Henrique e Michael não são atacantes?
Tomara que esteja errado, mas sinto que estamos empurrando, perigosamente, uma decisão que se faz necessária, com a barriga…

E, muito obrigado pelas inúmeras manifestações de apoio e carinho, ante persistente odiosa perseguição que venho sendo vítima, porém, com os dias contados.
Como sempre, embora demorado até possa ocorrer, no final ficará claro quem é quem neste processo rubro-negro.

Muito obrigado a todos. Vamos à luta!