Thiago Ribeiro/AGIF

Por uma questão de JUSTIÇA

Quem é Flamengo vai entender. Quem é Flamengo, anda de mãos dadas com o que é justo e tem no coração o sentimento de gratidão, vai entender mais ainda.
Amanhã, segunda-feira, dia 11 de abril de 2022, haverá em reunião do Conselho Deliberativo do Flamengo, reunião que, ratificará ou não, a suspensão por 90 dias imposta ao grande rubro-negro, ex-presidente, Eduardo Bandeira de Mello.
Abro, democraticamente, este espaço em vermelho e preto, para que Eduardo Bandeira de Mello tenha o legítimo direito de contar esta história que nada tem a ver com a mensagem que, ainda menino, aprendi: “Onde encontrares um Flamengo, encontrarás um amigo”.

Diga aí Eduardo:


 
“Vou compartilhar aqui o texto escrito pelo meu irmão Gico, autor de mais de 10 romances publicados.
Apesar dessa perseguição sem fim, é sempre bom perceber que a família e os amigos como vocês estão sempre do meu lado.”
Eduardo


 

Sensibilidade e reparação

Parece título de Jane Austen, renascida duzentos anos mais tarde para parceria com o compatriota Ian Mc Ewan, ambos dignos da primeira liga de escritores britânicos de todos os tempos – a Shakespeare League, digamos.
Parece, mas não é. Entretanto, o assunto não deixa de ser um drama, obra extraída de uma catástrofe, o Incêndio no Ninho, a maior tragédia vivida pelo Flamengo em sua história.
Seria muito pedir os atributos constantes do título ao conselho de administração do CRF, amplamente dominado pela insensível diretoria atual, instância onde a injustiça foi perpetrada contra uma vítima já recorrente: Eduardo Bandeira de Mello.
Afinal, parte do CA, primeiramente em ridículo caso de corzinha de chapa eleitoral, em processo para inglês ver, já se pronunciara pelo afastamento do melhor presidente da história do Clube.
Vencidos na patética batalha cromática, roxos de raiva pela derrota na própria casa, com mando de campo, os acusadores, robustecidos após a reeleição, voltaram à carga com ainda mais ferocidade.
Para grande parte do atual colegiado, o onírico título da mencionada dupla de craques para classificar a trama seria “Inveja e covardia”.
O travo amargo é motivado pelo reconhecimento generalizado da imprensa e dos torcedores – e não só do Flamengo – de que o Bandeira foi o líder que conduziu o clube da insolvência à pujança no plano financeiro.
E que tal mudança de patamar constituiu a base das contratações que possibilitaram as diversas conquistas a partir de 2019, mesmo ele tendo sido exposto de forma vil durante o processo que apurou as causas do incêndio.
Resumindo a história, amanhã, 11 de abril, será julgado o recurso do Bandeira ao Conselho Deliberativo, que pode determinar sua futura – e manifestamente pretendida – expulsão do clube.
Na realidade, o processo não é disciplinar. É exclusivamente político, condição reconhecida até pelo presidente da comissão de acusação do Conselho de Administração que puniu EBM.
A suposta acusação à direção é pura fantasia. Já o alegado ataque ao Flamengo só ocorre no plano da ficção engendrada pelos algozes de sempre; em clichê próprio do idioma português, sedentos por vingança.
Fato é que o presidente que inaugurou os dois módulos do Ninho do Urubu, ao se defender das acusações na Justiça, declarou que os meninos do sub17 vitimados na tragédia já ocupavam as novas instalações do CT desde dezembro de 2018. Ou seja, bem antes do fatídico 8 de fevereiro de 2019.
Por essas e outras ações vergonhosas motivadas por inveja e frustração, se você conhece algum membro do Conselho Deliberativo do Flamengo, peça que ele compareça ao clube para, com a devida sensibilidade, votar pela reparação ao presidente Eduardo Bandeira de Mello.
Gico