Cada macaco no seu galho

Esta é uma das máximas populares mais felizes e pertinentes que por aí se ouve na boca do povo.

A prova inequívoca de que o nosso barco está sem rumo e sem comando, reside neste depoimento do nosso treinador, que, ao invés de ocupar de forma pertinente a sua presença na entrevista coletiva, falando sobre o jogo, sobre tática e sobre os jogadores, escorregou feio, entrando em seara exclusiva dos dirigentes do futebol e, do presidente do clube.

Por favor, vejam:

Não quero aqui discutir o teor do depoimento de Barbieri, pois o enfoque é outro. O que está em discussão, como propõe o título deste post, é o respeito ao espaço alheio. E, definitivamente, isto passou ao largo da cabeça do nosso treinador, em clara demonstração de absoluta falta de comando por parte da diretoria.

Os assuntos institucionais são de ordem exclusiva de quem responde pelo clube, e não de quem responde pelo time.

Há ainda neste depoimento uma manifesta intenção em pavimentar a estrada para um possível fracasso. Muitas pessoas com as quais conversei entenderam desta forma.

Em síntese, a nossa casa do futebol está desarrumada, fora e dentro do campo.


Espírito bélico

Por favor, leiam este depoimento do nosso presidente, criticando a escalação do árbitro que vai apitar o nosso jogo contra o Corinthians:

 

“- Só o fato de ele ter sido incluído no sorteio já demonstra falta de respeito ao Flamengo. Isso, a convocação do Paquetá para um amistoso inexpressivo e a negativa em adiar a partida para são evidências da interferência no equilíbrio da competição. Absolutamente revoltante.”

 

Aprendi na vida e no futebol que as prioridades devem ser claramente definidas. Sempre!

A nossa prioridade qual é? Imagino que a maioria esmagadora deva ter respondido alguma coisa assim: “Ganhar!”, “Ser campeão!”, “Conquistar títulos!”…

Até entendo que o nosso presidente queira uma mudança radical na estrutura do futebol brasileiro, com um calendário menos político e, mais justo. Isto quer ele, e qualquer pessoa que ame o nosso futebol.

Só que esta não é uma bandeira para ser levantada de forma isolada, por um só clube. Aí, é suicídio… é pouco inteligente.

Falo de cadeira, pois já cometi o mesmo equívoco. Esta briga não é boa, não é inteligente. Não é uma briga para um, e sim para todos e, unidos!!!

O árbitro é um ser humano, e como tal, tem as suas vulnerabilidades e o seu sentido de preservação.

Desta forma, sabedor da porradaria entre Flamengo e CBF, sem nenhuma necessidade de ninguém da entidade sugerir qualquer má vontade com o nosso time, por preservação, puxa-saquismo e por aí vai, o árbitro – na dúvida – nunca terá boa vontade com o Flamengo.

Em síntese, até para brigar é necessário sabedoria. Brigar por brigar ou, para aparecer de bom moço, é um tiro no pé.