Alexandre Durão

Everton Ribeiro

Vi o jogo ao lado do meu eterno capitão Fábio Luciano que, como eu, acha que confiança é quase tudo no futebol.
Na sabedoria de tantos anos vitoriosos no mundo da bola, Fábio Luciano, também como eu, entende como inconcebível Éverton Ribeiro não ser titular absoluto neste time.
Éverton Ribeiro, realmente, andou oscilando, certamente, em função da falta de conhecimento de causa do nosso treinador que, ainda não entendeu quem é quem neste elenco.
Repararam como os que estavam em campo, e os que esquentavam o banco, comemoraram os gols do nosso camisa 7?
Meio que, na atitude, estavam enviando um recado para Paulo Sousa: “Éverton Ribeiro, no banco, é brincadeira!!!”

De bom, além do destaque Éverton Ribeiro:
– Santos demonstrou muita personalidade. Um amigo comentou que talvez seja ele um pouco baixo. Não é. O problema é que estávamos acostumados com Hugo, que é um gigante. Bela estreia de Santos.
– João Gomes, um leão. É aquele tal negócio. É competente no que lhe compete. Além de muito bom marcador, dá dinâmica ao time.
– Arrascaeta, brindando o público animado, mas não numeroso, com jogadas maravilhosas.

Preocupante a nossa arrumação defensiva. Tenho a sensação de que Filipe Luis está jogando sem alegria. Também pudera. Deixou de ser um lateral criativo para ser zagueiro, sem força e velocidade.
Embora tenha restrições a Andreas, como armador, me parece mais criativo e ofensivo do que Thiago Maia.
Gabigol continua longe da área e de Bruno Henrique que, por seu turno, está com seu furor ofensivo limitado, por equivocada imposição tática.

Vitória sempre é importante, porém, é necessário lembrar que o Talleres, de Córdoba, é o penúltimo colocado do Campeonato Argentino. Em 27 pontos disputados, ganhou 5. Portanto, que este resultado não traga grandes ilusões.
Domingo, contra o São Paulo, teremos uma noção mais exata da nossa realidade.