Trocar ideias não é pecado

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Rodrigo Caetano (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Ontem, quando critiquei a intenção do treinador Cristóvão Borges em barrar Marcelo Cirino, aproveitei o embalo para criticar também a postura omissa do bom profissional Rodrigo Caetano. Nos 11 comentários sobre o tema, sete companheiros do blog concordaram comigo e quatro discordaram. Houve uma citação interessante por parte do amigo WENCESLAU, um dos que discordaram de mim, quando defendeu a tese de que não é função de Rodrigo Caetano interferir na escalação. O companheiro BRUNO BRANCO, que concorda comigo, diz que o diretor executivo, no caso Rodrigo Caetano, pode aconselhar quando o assunto é escalação e, no fundo, é quase isso mesmo.

Ao companheiro WENCESLAU tenho a dizer que, quando há entrosamento absoluto diretoria/comissão técnica, quando há respeito, amizade e camaradagem, discutir escalação é mais do que normal, diria mesmo, ser saudável. Claro que, quando se trata de escalar o time, a palavra final é do treinador, porém, nada impede que o diretor de futebol, que vive o dia a dia do clube, possa dizer ao treinador o que pensa. Aliás, pode e deve. Acho que não se deve esquecer que o treinador é um ser humano e, como tal, muitas vezes fica indeciso. Em síntese, quando o treinador confia no dirigente, não há nenhum problema.

Há um outro tipo de situação, que é a filosófica. Já houve um momento em que um treinador, na véspera de um jogo super importante, imaginou colocar em campo um time reserva, visando poupar os titulares para o jogo seguinte, que seria uma decisão. Aí, é diferente. A filosofia é ditada pelo dirigente, e não pelo treinador. Neste caso específico, o treinador foi chamado e a ele foi determinado que o Flamengo deveria entrar em campo no dia seguinte com o seu time titular, e assim aconteceu. Ganhamos de 4 x 2 num meio de semana e, no final de semana, ganhamos um título.

No futebol, também fora das quatro linhas, o jogo é ganho quando há entrosamento, confiança e respeito.