Final Copa América (Gustavo Hofman)

Maluquice total

Li e não acreditei. Manchete: “CONMEBOL LIBERA PÚBLICO PARA OS JOGOS DA LIBERTADORES”.
O que é a CONMEBOL? Seria uma filial, sucursal, representante, ou coisa que o valha, da OMS?
Não! A Conmebol é a Confederação Sul-Americana de Futebol. Ponto!
Fico estupefato, estarrecido, embasbacado, com algumas maluquices no nosso mundo do futebol e, este caso, como diziam os antigos, “é de cabo de esquadra!”.

O nosso continente é composto por dez países, sendo que, um deles de dimensões continentais, caso do Brasil.
Todos, eu disse TODOS, os países do nosso continente ainda sofrem com esta infernal pandemia, com aconselhamento da OMS, de se manter até segunda ordem, todos os cuidados possíveis, como e, principalmente, evitar aglomerações.

Paralelo ao fato citado há o aspecto esportivo, em que o item número um é a igualdade. Como cada país, cada estado e cada município tem suas normas definidas de combate ao corona vírus, há a possibilidade de um confronto na Libertadores ter um jogo com público em cidade que admita isto e, o outro jogo sem público, quando a prefeitura local assim determina. Nestas condições, haverá óbvia vantagem – em todos os aspectos – para quem jogar com a presença de público, caracterizando-se a desigualdade.

Agora mesmo, já se notícia que o Flamengo, em função da indevida liberação da CONMEBOL, travestida de OMS, já está agindo para transferir o jogo contra o Defensa y Justicia para Brasília, onde os olhos não veem a pandemia. O problema é que, em Buenos Aires, onde está programado o jogo de quarta-feira, a presença de público não é permitida.

Em síntese, a Conmebol, metendo o nariz onde não deve, criou uma enorme confusão.
Como a Libertadores é uma competição continental, há de se ter uma linguagem única para todos os dez países. Ou pode para todos ou, estará decretada a desigualdade, inimiga mortal de qualquer prática esportiva.