Umas e outras, na clausura

Primeiro tema: 1981 X 2019

A seleção, eleita democraticamente, teve sete jogadores de 81 – Raul, Leandro, Mozer, Junior, Andrade, Adílio e Zico.

De 2019, quatro. Rodrigo Caio, Éverton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol.

O técnico eleito foi o de 2019, Jorge Jesus.

No gol, tinha certeza de que seria páreo duro e, foi.

Minhas outras dúvidas ficavam por conta dos seguintes confrontos:

Tita x Éverton Ribeiro; e Nunes x Gabigol. Quem quer que tenha optado por um ou outro, terá motivos defensáveis para o voto. Ganharam Éverton e Gabigol e, esta decisão tem muito a ver com o nosso próximo tema, que será a tal eleição do melhor Flamengo de todos os tempos.

Pessoalmente, no caso da nossa eleição para a seleção entre os times campeões da Libertadores, acho que, embora Raul, Éverton Ribeiro e Gabigol tenham sido eleitos, não ficaria triste ou espantado, se Diego Alves, Tita e Nunes fossem os escolhidos.

No mais, de pleno acordo…


 

Segundo tema: O melhor Flamengo de todos os tempos

Para começar: por uma questão de compreensão e justiça, é fundamental que quem vier a votar, além do nome, registre a data de nascimento ou, talvez mais simples, quantos anos tem.

O motivo é simples. Como alguém pode avaliar alguém que não viu jogar? (EXCEÇÕES: Pelé, Zico, Messi, Romário e, iguais…)

Se ocorrer, haverá uma brutal interferência externa, seja através da mídia, parentes ou amigos.

Portanto, esta é uma missão impossível!! Em nome do equilíbrio, justiça e bom senso, a melhor alternativa é se escalar quem o eleitor viu jogar e, sem esquecer de informar a idade.

Nasci em 49. Aí vai o meu Flamengo dos sonhos:

Júlio César; Leandro, Aldair, Mozer e Júnior; Andrade, Gérson (Canhota de Ouro), Zico e Paulo Cesar Cajú; Bebeto e Romário.

Claro que, nada é eterno. A vida modifica opiniões e conceitos. E, como tal, estou atento a esta nossa nova geração, torcendo para muito em breve imaginar alguma modificação no meu “Mengão dos Sonhos”


 

Terceiro Tema: A nossa seleção de 1982

Talvez o meu pior “pós jogo” de toda vida tenha sido no Sarriá, na nossa derrota para a Itália. Vou confessar algo importante: aquele jogo me traumatizou tanto que, só neste final de semana, no esquema de reprises do SporTV, vi o jogo pela segunda vez – a primeira na TV, pois lá estava, dentro do campo, no Sarriá – e, aprendi uma lição definitiva. Qualquer análise, ou julgamento, deve ser externado à época, no pleno contexto do que se está vivendo.

Vendo Brasil x Itália, hoje, fica claro que para escalar Toninho Cerezo, não foi prudente tornar o time capenga, sem que alguém ocupasse o lado direito. E, mesmo assim, Tita era muito mais jogador do que Paulo Isidoro.

Que Serginho mais atrapalhava do que ajudava, pois ele era a antítese da leveza daquele timaço.

E, por aí vai…

Além disso, muito difícil ocorrer o fato de tantos geniais jogadores estarem em dia tão ruim. Enfim, eram seres humanos, portanto, falíveis. O problema é que o apagão foi de quase todo time.

Assim é o futebol, assim é a vida, onde glória e derrocada se misturam, confundindo e fazendo parte das nossas vidas.

E por falar nisso, FIQUE EM CASA!!!

Este inimigo requer cautela, inteligência, responsabilidade, disciplina e altruísmo.

FIQUE EM CASA!!!


Para encerrar. Que triste notícia a morte de Moraes Moreira. Baita rubro-negro, uma figurinha humana adorável e que talento…

Tive o privilégio de com ele gravar, na arquibancada do “maior do mundo”, o clipe de sua nova música que dizia não saber como iria ser o domingo, sem Zico no Maracanã. Um poema…

Descanse em paz, querido amigo. Você foi um craque!!!