(Foto: Marcelo Cortes / Flamengo)

Os radicais

As reações dos rubro-negros são variadas e extremadas sobre o tema que vem rolando, não é de hoje…

Em visão imparcial, com a Bíblia da comunicação como consultora, nota-se um gravíssimo equívoco da nossa diretoria, qual seja, o de não promover um esclarecimento definitivo sobre o futuro de Jorge Jesus. Se isto já tivesse sido feito não haveria mais qualquer dúvida e, como consequência, as especulações e críticas extremadas já teriam saído de cena.

As reações ante este “trem sem destino definido” são espantosas. Um querido amigo envia mensagem dizendo que Jorge Jesus é um grande “FDP” sacana, pois usou o Flamengo.

Outro amigo rubro-negro, pelo que escreve, afirma que o Flamengo desmorona se realmente o doce Portuga for embora. Que o time sem ele não é nada. Que corremos até o risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

Amigos, por favor, muita calma nesta hora. Jorge Jesus foi o treinador mais carismático que, ao longo de muitas décadas, pude constatar. A sintonia fina entre ele, time e torcida, algo mágico. Tudo isto é verdade, porém, não se deve esquecer que deste tripé, realmente espetacular – torcida, time e JJ – como a torcida continuará a mesma, o elenco também, o que nos compete é ir à luta e recompor o tripé com um novo treinador. Ponto!

O que ocorre é a consequência natural do sucesso. E como impedir ou recriminar que alguém com a idade já avançada queira terminar seu ciclo profissional ao lado da família, dos amigos e da sua terrinha, realmente, tão especial?

Este episódio, caso se confirme, a ida de Jorge Jesus para o Benfica, tem que ser encarado com a mesma doçura desta, até aqui, maravilhosa e adorável convivência. Seria muito triste ver um caso de amor e sucesso tão raros terminar em sentimento odioso.

Agora o Fla-Flu. Independentemente da conquista de mais um título, os jogadores do Flamengo podem garantir a Jorge Jesus, vencendo ou empatando, algo que nenhum treinador de clube tem em seu currículo, qual seja, o de jamais ter perdido um único jogo no templo do futebol, que é o Maracanã.

Para Jorge Jesus este feito terá dimensão especial e inacreditável. Vários treinadores já foram Campeões Brasileiros e da América do Sul, porém, nenhum deles poderá afirmar nunca ter perdido um jogo no Maracanã, ao longo de quatro campeonatos – Carioca, Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores.

Sugiro, independentemente da Taça – certamente já providenciada – que nossa diretoria prepare uma coroa digna para que seja coroado o Rei do Maracanã.

Enfim, convido os amigos rubro-negros a uma imersão de doçura e gratidão. O doce Portuga merece.

Depois, se ele for mesmo, vida que segue…

Quem já ficou sem Zico, e sobreviveu, pode encarar e vencer qualquer tipo de obstáculo.

MENGOOOOOO!!!