(Alexandre Vidal / Flamengo)

São Pedro

Como santo é que opera milagre, o título do post está mais do que justificado.

Vamos ao jogo: tudo bem que o goleiro do Goiás tenha agarrado até pensamento, porém, não há como não registrar que o nosso Hugo fez quatro defesas dificílimas.

Ante as circunstâncias, a escalação do Flamengo foi correta, só que alguns jogadores atuaram muito abaixo de suas possibilidades, a começar pelo lateral direito Matheuzinho. No duro, no duro, o único, além de Hugo, que foi além do que dele se esperava foi o nosso centroavante.

Pedro é um iluminado. Além de uma impressionante presença de área, a frieza com que conclui uma jogada faz toda diferença.

No mais, apenas um time esforçado, que tropeçou tecnicamente nas próprias pernas e, ao final, quase é dobrado pelo cansaço.

Não entendi o motivo de Michael e Bruno Henrique não terem tentado uma troca nas extremas. Muitas vezes, com o nosso Portuga, isto funcionou, pois os marcadores saem da zona de conforto de uma marcação que vem dando certo, para ter que conviver com um fato novo. Infelizmente, o nosso “treinador” – com a sua estratégia posicional – não admite certos malabarismos táticos.

Gérson saiu extenuado e, compreensível, pois é complicado todo poder de criação repousar na cabeça e nos pés de um único jogador.

E, quando o único jogador de armação criativo saiu, quem entrou foi um centroavante. Não teria sido mais pertinente, ao invés de Lincoln, ter entrado o menino Lázaro, que faz a bola chegar na frente como poucos?

Estamos dando muita sopa para o azar. Novamente, o VAR foi amigo e camarada…

Menos de quarenta e oito horas, nosso time estará novamente em campo, o que, convenhamos, é um verdadeiro absurdo.

Não vejo como os que estão a serviço das eliminatórias para a Copa do Mundo não serem aproveitados. Fisicamente, talvez estejam em melhores condições dos que aqui ficaram. Isto sem falar no ganho técnico…

Enfim, mais um sofrimento danado, com São Pedro operando doce milagre…