Viagem dos sonhos

Este é o voo que qualquer ser humano, apaixonado pelo futebol, teria como prioridade e realização de vida.

Antes que alguém do contra diga que os europeus olham de outra forma para o Mundial de Clubes, lembro que somos brasileiros e, por conseguinte, Sul-americanos, onde todos os amantes do mundo da bola rezam nesta mesma cartilha, ou seja, encarar este título como sendo o objetivo maior de consagração.

Lá vamos nós para os dois jogos das nossas vidas. Interessante que, no primeiro, apesar de teoricamente mais fácil, a obrigação de vencer pode ser um fator negativo, ao contrário de um possível jogo contra o Liverpool, onde o clube inglês, na opinião quase que unânime da mídia, é que entra com este peso.

Vejo o nosso time muito bem preparado. Uma estrutura maravilhosa proporcionada por uma diretoria atuante, séria e competente, que tem no departamento de futebol, vice-presidente e gerente que são, rigorosamente, do ramo. Uma comissão técnica de primeiro mundo, além do primeiro treinador ídolo da nossa nação e sonho de consumo do arco-íris.

Elenco? Todos, sem exceção, em condições de vestir a amarelinha. E, aí, é o ponto. Já li gente discordando aqui no blog, mas insisto: um time, do goleiro ao ponta esquerda, que reúne todas as condições de ser a própria seleção brasileira jamais entrará como zebra, seja contra quem for, inclusive o melhor time europeu.

O ano de 2019 tem sido muito generoso com a imensa nação rubro-negra. Recentemente, em Lima, tive o prazer inenarrável daqueles momentos mágicos, ao lado de meus filhos, netos e queridos amigos, em verdadeiro porre de felicidade.

Agora, Doha. Já estou mais do que na metade do caminho e, domingo, de mala e cuia, lá desembarco, novamente com meus filhos, netos e muitos amigos. Cada um sabe o sacrifício que teve que fazer.

Sem entrar nos detalhes, uma pergunta é a explicação de todos. Há preço para viver este momento e ver a paixão das nossas vidas, campeã do mundo?


E 1981, na Rádio Globo, em Tóquio, dentro do campo, tive o privilégio de pela primeira vez no Rádio, para desespero do arco-íris, gritar: “MENGÃO, CAMPEÃO DO MUNDO, 3, LIVERPOOL 0”!!!

Waldyr Amaral, extraordinário chefe de equipe, com sensibilidade apurada, adorou e, a partir daí a Rádio Globo adotou e o carimbo ficou para sempre. MENGÃO CAMPEÃO DO MUNDO!!!

Aquele foi um dos mais felizes dias da minha vida.

Confesso que, depois da jornada em Lima, não consigo pensar em outra coisa.

Doido pelo BI!!!!!!!!!


 

(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

Para encerrar. Que coisa ridícula pegarem no pé do Gabigol por suas mãos estarem, na junção dos dedos indicadores e polegares, lembrando a genitália feminina.

Falta do que fazer… ou ojeriza à sublime obra de arte…