Treino do Flamengo - 13/01/21 (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

Quanto mais eu vejo, mais inconformado fico

Não sei se esta é a sensação de todo torcedor do Flamengo. A minha é essa. De inconformismo, vendo equipes com boa vontade, medianas, ganhando seus jogos, alegrando seus torcedores e partindo para títulos importantes, enquanto que nós ficamos chupando o dedo.

O tricolor carioca, tão exaltado pela inacreditável virada sobre a nossa equipe, foi a São Paulo e tomou uma coça de 5 a 0 do cambaleante Corinthians.

O bicho papão Palmeiras, graças ao VAR não paga mico histórico. Depois de aproveitar um dia infeliz do River e meter 3 a 0 na Argentina, quase entrega o ouro em São Paulo. Não foi salvo pelo gongo. Foi salvo pelo VAR.

De positivo, o trabalho espetacular de Cuca, o mais aplicado e criativo treinador brasileiro, colocando o modesto Santos na final da Libertadores, após atropelar o Boca na vila famosa.

Muito ruim a sensação de ver tudo isso, tendo a certeza de que, pelo elenco infinitamente superior a todos aqui citados, poderíamos neste momento estar em estado de graça, ante a possibilidade de conquistar o tri da Libertadores no Maracanã.

O querido Flavio Godinho me enviou mensagem dizendo que corríamos o risco de uma final argentina, pela Libertadores, no mais importante estádio brasileiro. A minha sensação é diferente. Estou morrendo de vergonha, como rubro-negro e carioca, de ver uma final paulista pelo caneco da Libertadores, na nossa casa. Vergonha!!!

E, além da vergonha, o inconformismo de saber que, embora com elenco bem superior, contribuímos para este desfecho. Entregamos o ouro…

Pior do que tudo aqui já dito, foi ter visto e ouvido um depoimento de Diego Ribas, meio que atribuindo o momento ruim do Flamengo ao fato de ser 2021 um ano político, em função de futura eleição para presidente. Ao invés de estar preocupado em ajudar a construir nosso futuro, tendo como ponto de partida corrigir os inúmeros equívocos cometidos, é levantada pelo nosso camisa 10(?) a teoria da conspiração.

Melhor ouvir isso do que ser surdo…

Enfim, como dizia minha avó Corina, “a esperança é a última que morre”. Vamos ver, para começar, como será a nossa próxima segunda-feira.

Sem medo de errar, assim defino o meu momento rubro-negro: um otimista de carteirinha, muito preocupado com o futuro.