Rizzoli, Claudião e Keno

copa_do_nordeste_lampions_league_2014_560_1A minha quarta-feira foi mais do que gorda em se tratando de futebol.

Ontem à tarde, vi e já conversamos aqui sobre Barcelona e Atlético de Madrid. A bela surpresa estava reservada para a noite. Resolvi ignorar a Taça Libertadores, com o São Paulo pegando o River Plate, dei algumas olhadelas no jogo do Vasco, pela Copa do Brasil e, concentrei a minha energia visual na semifinal da Copa do Nordeste, quando jogaram, em Recife, Santa Cruz e Bahia. E, não me arrependi…

Gostei tanto que, quero dividir com vocês o que achei importante. Vou começar pela arbitragem. No momento em que vivemos, em que todo brasileiro anda pasmo com tudo que vem acontecendo e, com a auto estima realmente abalada, não pude deixar de fazer a comparação entre um italiano, renomado e considerado melhor árbitro europeu, e um brasileirinho, aliás, brasileirão, pois, pelo vídeo, parece ter quase dois metros de altura. Nicola Rizzoli foi o árbitro do jogo que eliminou o Barcelona na Liga dos Campeões e, o sergipano Claudio Francisco Lima, também conhecido como Claudião, o árbitro da semifinal da Copa do Nordeste ou, “Lampions League”, como foi apelidada.

Resumo da ópera: o italiano, que foi inclusive o árbitro da final da última Copa do Mundo, quando a Alemanha derrotou a Argentina, foi um autêntico “soprador de apito”, maneira como Mario Vianna, ex-comentarista da Rádio Globo, classificava o juiz ruim.

Claudião x Rizzoli

Claudião x Rizzoli

Ontem, este italiano, cheio de pose, cometeu as maiores barbaridades e influiu decisivamente no resultado do jogo. Aqui, o nosso Sergipano, humilde, porém com muita autoridade, deu um verdadeiro show de arbitragem.

Sabe o que é, em um jogo difícil por ser decisivo e pegado pela rivalidade, não cometer um único erro? Pois é, assim foi a arbitragem do nosso Claudião. Não fosse pelo menino Keno, do Santa Cruz, que tem toda pinta de craque, Cláudio Francisco Lima, o Claudião, ganharia fácil o prêmio de melhor em campo…

Ontem, no apito, o Brasil ganhou da Itália. Ou melhor, goleou a Itália…

Ia esquecendo. Santa x Bahia foi um jogão. O placar foi 2 a 2. No Bahia, Marcelo Lomba operando milagres no gol, e Thiago Ribeiro, quanto mais velho, melhor. No Santa, revi aquele Arthur que jogou no Flamengo. Lá, melhor que aqui. Grafite, que todos conhecem, também jogou muito bem e fez até gol. Agora, a palavra “talento” encaixa como uma luva no garoto Keno. Cara de menino e, menino atrevido com a bola nos pés. Confesso que fazia tempo que não via um garoto com tanto talento. O repórter informou que estava no estádio um dirigente chinês só para observar Keno. Incrível como os chineses têm olhos compridos…

Ou será que os brasileiros, dirigentes de futebol, é que têm olhos curtos?

Keno marcou o primeiro gol do Santa Cruz. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Keno, à frente, marcou o primeiro gol do Santa Cruz. (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem)