Transparência

big_thumb_f14ae0dd8f60b2814949c03e5ca1963fVejo no noticiário, até porque público ficou, que o Conselho Diretor aprovou junto ao Conselho (acho que o Deliberativo), o montante de 4 milhões de reais para investimento em possível contratação para o futebol. Claro que a transparência é elogiável, porém, convenhamos que quando se parte para algum tipo de negociação não é recomendável que quem esteja do outro lado da mesa saiba com exatidão qual é o seu alcance real. Ora, se vou negociar com alguém que sabe que disponho de 4 milhões, mesmo que imaginasse pedir 3 milhões, certamente, sabedor do real poder de fogo, vai pedir 4, ou seja, há o risco de ficar mais caro.

Entendo perfeitamente que, “à rainha da Inglaterra, não basta ser honesta. Precisa parecer honesta”, mas o mundo do futebol é um outro mundo, onde só há bobo na aparência, e no jeito de andar…

Além disto, esta diretoria, inegavelmente composta por pessoas da melhor qualidade, muito bem intencionadas e acima de qualquer suspeita, tem credibilidade suficiente para desenvolver qualquer negociação, cujo objetivo seja viabilizar o melhor negócio para o Flamengo. Independentemente do que acabo de mencionar, o estatuto confere aos dirigentes as armas necessárias para que o clube acabe não pagando mais do que deveria pagar.

Em síntese, na hora de uma negociação, mineirinho é preciso ser. Ouvir muito, falar pouco e, nem de longe, deixar que quem está do outro lado da mesa imagine quais são as suas cartas…