TV, pandemia e BOLÃO

Enquanto, enclausurados, torcemos desesperadamente pela chegada da vacina que recolocará o mundo nos trilhos, vamos tentando sobreviver da melhor maneira possível.

Inegavelmente a televisão contribui para amenizar a sensação de solidão e distância de tudo que mais amamos, o que de certa forma credencia estes profissionais como fundamentais para o bem estar da nação.

Assim ajustados, vamos concordar que quem faz a programação de uma emissora de TV deve estar atento a tudo, onde atingir com sucesso a grande maioria é o grande desafio.

Aí começa o problema. Amamos, pela ordem: Flamengo, futebol e esporte, não necessariamente nesta sequência, desde que o Flamengo seja sempre a primeira opção.

A falta de critério, talvez de cuidado, tem me chamado a atenção. Vou começar pelo tênis. O fenômeno Guga me levou ao mundo deste esporte, onde construí meus dois ídolos: o próprio Guga e Federer. Até que, com relação ao mais importante tenista brasileiro, nada a reclamar. Revi todas as suas grandes conquistas e, como no dia, torci e me emocionei da mesma forma. Com Guga foram seletivos e fizeram muito bem, mostrando os grandes momentos.

Quanto ao gênio Roger Federer, pisam feio na bolinha de tênis. Como mostram os torneios mais recentes, que coincidem com o seu declínio, virou exercício de masoquismo, pois é só porrada…

Embora Federer tenha sido campeão cinco vezes consecutivamente do U.S. Open, dominando as quadras norte-americanas de 2004 até 2008, o jogo que vai ao ar é o de 2015, quando Federer, com a idade pesando, perdeu por 3 a 1 para Djokovic.

E quem quer ver seu ídolo ou seu time perder? Pois é… aí entra o bom senso, a sensibilidade de proporcionar a todos um pouco de alegria durante a pandemia.


 
Outra coisa. O “Baú do Futebol” está lotado de jogos memoráveis e, ao invés de diversificar, abrir o leque, o que se vê é uma repetição de alguns jogos que, sabe-se lá o motivo, são mostrados centena de vezes.

A Globo, canal aberto, como tem compromisso com a audiência e com o retorno para seus patrocinadores, encaixou no seu horário nobre do futebol o nosso jogo contra o River, quando conquistamos a Libertadores. Claro que aí dá para entender perfeitamente. Fome com a vontade de comer. A maior torcida do planeta e a sua última grande conquista. IBOPE lá em cima.

Aliás, será interessante acompanhar o IBOPE dos próximos quatro domingos, em que o Flamengo abre o desfile dos campeões. Depois, jogos de Vasco, Fluminense e Botafogo.


 

(Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

O bolão do momento é o de quando a bola voltará a rolar no Brasil. Acho que enquanto não houver uma vacina, mesmo com a epidemia razoavelmente controlada, o futebol será sem público. Como ninguém sabe nada, apenas um palpite: a bola voltará a rolar, sem público, entre julho e agosto. Como a proposta é um bolão, só vale quinzena e mês. Portanto, aí vai o meu palpite: segunda quinzena de julho.

E o seu palpite?

Sorteio entre os que palpitarem certo. Prêmio: Camisa oficial de Éverton Ribeiro, com direito a dedicatória.

Vai perder essa?