Chegando do Maraca

Bom jogo e vitória dupla. Impressionante a disposição com que jogou o time do Flamengo, melhor nos dois tempos. No primeiro, um jogo mais estudado, mas mesmo assim as melhores, ou únicas chances de gol pertenceram ao Flamengo, que levava perigo sempre pelo lado esquerdo de ataque, onde tudo começava com Éverton.

O segundo tempo foi bem melhor. Mais corrido, mais criativo, embora ainda muito pouco para dois clubes deste tamanho. O Flamengo continuou melhor e mereceu ganhar o jogo. Já disse aqui que o fator sorte é decisivo em um jogo pegado como o de hoje. O bandeira poderia ter marcado impedimento no gol do Flamengo. Sorte do Mengão e azar do Coringão. Assim é o futebol.

"Foto: Staff Images"

Éverton corre com a bola. Foto: Staff Images

Éverton foi o segundo destaque da partida. O primeiro, disparado foi esta festeira e apaixonada torcida do Flamengo, que colocou a do Corinthians no bolso, na alegria e na quase certeza da vitória. Mano Menezes, dentre os Corinthianos que recentemente estiveram no Flamengo, foi o mais hostilizado. Renato Augusto e Elias não foram perdoados pela “traição” cometida, embora o torcedor esqueça que, se os dois estão jogando no Corinthians, foi muito mais por culpa de quem no Flamengo não teve competência e sensibilidade, do que dos próprios jogadores.

Esta nova norma, dos times entrarem de forma solene, juntos, e cada time com o limite de 22 crianças, cada jogador entrando com duas, me pareceu providencial, pois embora amando qualquer criança, estava virando uma bagunça fora de controle. Este tema do Hino Nacional precisa ser discutido. Temo que estas repetições, até porque há jogo de futebol dia sim e dia também, vulgarizem algo tão importante. Hino Nacional é para jogo da seleção brasileira. Hoje, enquanto era executado o Hino Nacional, a torcida do Flamengo cantava o seu hino, o do Flamengo.

Para terminar, falar da importância da vitória de hoje, pois após aquela última pesquisa do Ibope, que não engulo até agora, cada jogo entre Flamengo e Corinthians passa a fazer parte de um campeonato que não tem taça, nem de bolinhas, mas que tem gente nos bastidores trabalhando para passar o Flamengo pra trás…

O título de “O mais querido do Brasil” vale mais do que 10 campeonatos brasileiros. Nesta guerra, vale tudo. Abre o olho, Mengão!!!