Respondendo e comentando

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

(Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Tem sido algo diferente e, confesso, pra lá de prazeroso estar aqui quase que diariamente com vocês. A alegria maior é constatar que, apesar da paixão que nos envolve e nos une, a educação no momento de discordar nos faz crescer, aprender, e é a grande responsável pela preservação desta corrente adorável.

Com pontos de vista discordantes, os companheiros ANDERSON SANTOS e YVAN BAYARDINO deram um verdadeiro show de bom humor e inteligência, ante um momento pessimamente humorado em função da derrota de ontem. Cada um deu o seu recado, cada um defendeu o seu ponto de vista com veemência, porém, com sutileza e inteligência, passando ao largo de magoar um ao outro através das palavras. Ao ler, tive enorme vontade abraçar os dois, o que faço neste momento de forma simbólica.

No fundo, os dois têm um pouco de razão. Anderson se reporta a um passado recente, enumerando as virtudes nos jogos realizados este ano, e Yvan concentrou sua análise exclusivamente no que viu ontem. O resumo da ópera é que Yvan tem razão em tudo que colocou com relação ao jogo contra o Vasco, e Anderson, fundamentado em jogos anteriores, tenta afirmar que o julgamento definitivo não pode se basear na derrota para o Vasco. Concordo com os dois. Ontem, um horror. No penúltimo jogo, apesar da fragilidade do adversário, panorama animador. Em síntese, ter um pouco mais de paciência, é preciso e, é justo.

Aliás, agora respondendo ao companheiro VILI RIBEIRO, devo dizer que não fui contraditório nos posts – ARÃOCUELLO e BARBAS DE MOLHO. Repito agora o que escrevi sobre Mancuello no post ARÃOCUELLO: “Gostei da movimentação do argentino. O seu toque de bola é de quem sabe das coisas e, em determinados lances a visão de jogo foi flagrante. Enfim, animador. Mancuello é o talento que o time tanto precisa? Pode ser, embora ainda cedo para cravar.

Amigo Villi, retratei o que vi naquele jogo e, não deixei de colocar no final que ainda era muito cedo para um julgamento final sobre o poder de criatividade de Mancuello. Ontem, escrevi novamente o que vi. Faltou um mínimo de criatividade ao setor de meio campo e, sem este homem, não há ataque que funcione.

Ontem, Mancuello flutuou no jogo, ou seja, não jogou. Continuo achando que ainda é cedo para qualquer tipo de conclusão, seja positiva ou negativa. E, tomara que Muricy conclua com rapidez, pois, como tenho aqui comentado, manter três atacantes sem que se tenha alguém criativo no meio é querer tirar água de pedra. Melhor, sem este iluminado, sacrificar um dos atacantes e reforçar o meio de campo com mais um jogador. Ontem, a superioridade do Vasco foi muito mais numérica do que técnica no setor de meio campo.

Terminando pelo tema inicial, dizer que além do prazer, é uma honra conviver aqui com pessoas tão sensíveis, inteligentes e educadas. Dá gosto…

Em tempo: CARLOS EGON PRATES, meu querido amigo, cadê você?