Alto lá!

Flu 2 x 5 América (RN). Foto: Matheus Andrade (Photocamera)

Dizer que o nível do futebol brasileiro atravessa momento de pouca inspiração, que os grandes artistas da bola sumiram, que as táticas são conservadoras, que os treinadores precisam reciclar suas ideias, até aí, tudo bem. São opiniões respeitáveis e como tal, podem e devem ser discutidas.

Agora, como li hoje, se imaginar que o time do Fluminense tenha entregado o jogo ao América de Natal, vai uma distância enorme, que ultrapassa várias barreiras, inclusive a do bom senso e a da falta de respeito aos profissionais que, se brilhantes não foram, ou não são, têm dignidade e, se leram o que eu li, deveriam tomar algum tipo de providência para reparar a honra de cada um, seriamente atingida.

Isto me faz lembrar a declaração do nosso Felipão, em que disse que era obrigação o Brasil ganhar a Copa do Mundo. A única obrigação no futebol para quem joga é se empenhar ao máximo. O restante fica por conta de uma série de circunstâncias e, em alguns casos, por mais que o tempo passe, sequer explicação se encontra. O que aconteceu com o Fluminense contra o América de Natal, foi o mesmo que aconteceu com o Flamengo contra outro América, o do México. O sobrenatural existe no futebol. Muito melhor imputar a ele um resultado mais do que surpreendente, do que ser desrespeitoso e, de forma tão irresponsável.