(Foto: Agência i7 / Mineirão)

O dia da arrancada

Vi e, com enorme prazer e alegria, o jogo desta noite, entre Atlético Mineiro e Fluminense. A gratíssima surpresa foi o Fluminense que, muitíssimo bem escalado e armado pelo seu treinador, surpreendeu o Atlético, jogando no campo do time mineiro – e, com autoridade – fazendo 1 a 0.

No segundo tempo o Atlético equilibrou o jogo e chegou ao empate. Depois, o equilíbrio voltou, com boas chances para os dois lados. Empate justo.

E o que isto quer dizer? Que estamos separados do Atlético por apenas um ponto. Claro que, vencendo o jogo desta quinta-feira, ultrapassaremos o clube mineiro, porém, com um jogo a mais. Tudo isto sem esquecer o Inter, também coladinho, querendo o que nós queremos.

Nossa maratona no Campeonato Brasileiro vai continuar, pois levo muita fé de que iremos longe na Libertadores e na Copa do Brasil, enquanto o Galo mineiro só disputa o Brasileirão. Mesmo assim, a exemplo do que afirmei na temporada passada, o Flamengo só perde este campeonato para ele mesmo, pois o elenco é bem superior aos possíveis concorrentes.

Há alguns deveres de casa que precisam ser cumpridos. Primeiro, a manutenção da harmonia e da boa convivência no elenco.

Além disso, para não me alongar, o treinador abrir mão de suas preferências táticas e entender que a melhor estratégia está diretamente ligada ao material humano disponível. Este é o ponto chave, levando-se em conta que raramente terá o nosso treinador todos os jogadores à disposição para cada partida. A melhor opção tática estará sempre ligada a quem se tem para escalar.

A lateral direita preocupa cada vez que Isla não puder jogar. E, ponto! Nas outras posições, normalmente, sempre haverá uma boa solução, desde que, haja bom senso na escolha.

Recomendo aos nossos dirigentes que haja um trabalho psicológico com Michael. Ao contrário de muitos companheiros do blog, acho Michael muito bom jogador. Tem atuado fora de suas características, pelo lado direito, quando seu forte é pela esquerda e, além disso, como o Flamengo raramente joga no contra-ataque, uma das asas de Michael, a velocidade, é quebrada.

No fundo, temos um leque de opções pela esquerda (Bruno Henrique, Michael e Vitinho) e escassez no lado direito. Quem sabe, no futuro, abrindo mão de um dos aqui citados (Michael ou Vitinho) por alguém que possa ocupar com competência o lado direito.

Michael e Vitinho, que não são maus jogadores, estão visivelmente sem confiança. Cabecinhas que precisam ser trabalhadas…

Que nosso treinador entenda o futebol como o cozinheiro reverencia o feijão com arroz.

Se não errarmos no tempero, vamos ganhar tudo.