Movidos pelo ódio e pela inveja

Doalcei Camargo, jornalista, baita locutor e filósofo, certo dia sentenciou: “O ser humano é um grande filho da puta. Há exceções”.

Toda vez que me deparo com qualquer ação que remeta à possibilidade de desvio de caráter, inveja, maldade e coisas do gênero, lembro dele.

Agora mesmo, no Flamengo, o vice-presidente e jurídico do clube, defende a tese e levanta a bandeira para que o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello seja suspenso por 180 dias, em função de equívoco administrativo quando do processo eleitoral.

Vamos lá. Que tenha Eduardo se equivocado, até porque, como ser humano tem ele esta prerrogativa. E, isto lá é motivo para enxovalhar a biografia de um homem de bem que, agiu dentro da maior lisura, ocupando o cargo de presidente do Flamengo?

Estou à vontade para mergulhar de cabeça neste tema. Quando fui perseguido pelas mesmas pessoas, Eduardo Bandeira de Mello foi omisso, preferindo dar as costas, lavar as mãos, não se envolver, abrindo mão do que era justo, por um troco político que acabou não vingando, pois, Rodrigo Dunshee o traiu, passando para o outro lado, em troca do cargo de vice-presidente.

Ao invés de dizer para Eduardo que “nada melhor do que um dia atrás do outro”, também lavando as mãos e dando as costas para ele, vou pelo caminho inverso, afirmando que este tipo de atitude, em querer condenar e alijar o ex-presidente, além de covardia e injustiça, é uma enorme agressão ao próprio clube, hoje, dominado por quem cultua o ódio e se alimenta da inveja.

A tentativa é tão absurda que, mesmo que internamente seja bem sucedida, como vivemos em um processo democrático, há o judiciário para corrigir as maldades e atrocidades, tão comuns no ambiente rubro-negro. Como no meu caso, em que a justiça jogou por terra a ação mesquinha dos meus detratores, Eduardo, certamente, também obterá êxito, pois trata-se de um bom ser humano, um homem de bem que jamais saiu da linha reta.

Para finalizar, deixo no ar a seguinte pergunta: o Flamengo merece este tipo de gente?