(Foto Alexandre Vidal / Flamengo)

Hora de ajeitar o “meio-campo”

O “meio-campo” a ser ajeitado é o fora das quatro linhas. A nossa casa está pessimamente arrumada e se não houver um entendimento que nos conduza à normalidade, pode nos custar muito caro.

Neste jogo, contra o fraquíssimo time paulista, apesar da importância da vitória que representaria a liderança do campeonato, duas decisões estapafúrdias chamaram a atenção.

Juntando todos os zagueiros de área inscritos, se houvesse entre os torcedores uma eleição para apontar a dupla que menos agrada, provavelmente, seria eleita exatamente a zaga de área escalada. Caramba, para que complicar. Rodrigo Caio não pode jogar? Que entre o reserva imediato, que por coincidência já estava afinado com o garoto Natan. Fosse esta a zaga, não teria se mexido tanto.

A escalação de Lincoln, atuando pelo lado esquerdo, como se fosse um ponteiro, tendo Bruno Henrique, Vitinho e Michael no banco, foi de lascar. O maior prejudicado foi Pedro que, como bom centroavante, sentiu falta dos cruzamentos.

Antes que se comente que alguns jogadores deveriam sim ter sido poupados, chamo a atenção para o timing, que não foi respeitado. Será que ninguém percebeu a importância daquele jogo, após o tropeço do Atlético Mineiro? Em momentos como este, arriscar, colocando o melhor time em campo, é mais do que pertinente, é óbvio!!!

Por tudo aqui colocado, sugiro que a nossa turma se reúna. Como não se pode dar jeito no passado, que se trabalhe melhor o que vem pela frente. Que as estratégias sejam discutidas. Aliás, esta é a chance que tem o treinador para rever um conceito que, se não for discutido, vira lei e aí não tem mais jeito.

Que a última palavra seja do treinador, mas que em petit comité tudo seja debatido. Claro que, quando há camaradagem, quando as almas se encontram, é muito mais fácil, porém mesmo que não haja isso, o diálogo se faz necessário, pois dá chance a quem decide de rever alguma ideia não muito feliz.

Em síntese, este papo amigo pode ser o VAR do treinador. E, sem esquecer que a decisão será sempre dele.

O contraditório, quando há inteligência, sensibilidade e humildade, é poderosa arma a favor. Só os retrógrados, arrogantes, donos da verdade e do mundo, contestam esta poderosa arma democrática.

Precisamos ajeitar nossa meiuca. E, com extrema urgência.